sábado, 23 de fevereiro de 2019

COMO LÍDA COM A DOR DA MORTE EDIÇÃO 02

 É normal ter crises de choro e mudanças repentinas de humor sentir saudades da pessoa que morreu. Essas emoções podem ficar ainda mais fortes quando voê tem lembranças delas ou sonhos reais. Mas, talvez sua primeira reação seja não acreditar no que aconteceu. Veja o exemplo de KIMA, o marido dela TIMO, morreu repentinamente , ela conta: " No começo eu fiquei sem reação, não conseguia chorar. Eu fiquei tão abalada que ás vezes, eu tinha dificuldades até pra respirar. Não conseguia acreditar no que tinha acontecido".

CRISES, ANSIEDADES, RAIVA E CULPA

Pensamentos Confusos ( RELATOS REAIS)

Em alguns momentos, a pessoa que está de luto talvez tenha pensamentos confusos. Por exemplo, a imaginação dela faça acreditar que está ouvindo,sentindo até vendo a pessoa que morreu. Ela pode achar difícil se concentra e lembrar das coisas. TIMA EXPLICA: " Ás vezes , eu estava bem longe da conversa minha mente ficava agitada, lembrando de tudo o que tinha acontecido , quando TIMO morreu. Não conseguia me concentrar ele era tudo pra mim".

Crises de ansiedade, raiva e culpa IVAN DIZ: " Nosso filho ERIC, tinha 24 anos quando morreu. com o tempo ficando com muita raiva e tempo ficando com muita raiva isso nos surpreendeu , porque eu, e minha esposa Yolanda, não costumava-nos sentir raiva. Também nos sentimos culpados achando que poderíamos ter feito para ajudar nosso filho . ' Alejandro, também se sentiu culpado quando a esposa dele morreu, depois de lutar muito tempo com uma doença, ALEJANDRO, conta: " No começo achei , que estava deixando aquilo acontecer porque eu era uma pessoa ruim, Mas, depois eu me senti mal;era como se eu estivesse clipado pelo qua havia acontecido.


Vontade de se isolar. Quem está de luto pode se sentir irritado ou ficar sem jeito na presença de outros. Veja o que Kostas disse: “Quando eu estava com alguns amigos casados, eu me sentia um peixe fora d’água. Mas eu também me sentia deslocado quando estava com amigos solteiros.” A esposa de Ivan, Yolanda, lembra: “Era muito difícil estar com pessoas que reclamavam de problemas que pareciam tão pequenos em comparação aos nossos! Também não era fácil ouvir alguns pais falando como seus filhos estavam se saindo bem. Eu ficava feliz por eles, mas ouvir aquilo era difícil. Eu e meu marido sabíamos que cada um só estava tocando a vida. Mas a gente não tinha vontade nem paciência para lidar com tudo aquilo.”

Problemas de saúde. Mudanças no apetite, no peso e no sono são comuns. Aaron se lembra de como foi o primeiro ano depois que o pai dele faleceu:  “Eu tinha dificuldades para dormir. Toda noite eu acordava na mesma hora pensando na morte do meu pai.”

Sem nenhum motivo aparente Alejandro começou a ter alguns sintomas. Ele conta: “O médico me examinou várias vezes e me garantiu que eu não tinha nada. Então desconfiei que estava me sentindo daquele jeito por ter perdido minha esposa.” Aqueles sintomas sumiram com o tempo. Mesmo assim, Alejandro fez bem em procurar um médico. A dor de perder alguém amado pode baixar a imunidade da pessoa, agravar um problema de saúde que ela já tenha ou até causar um novo.

Dificuldade para realizar tarefas importantes. Ivan diz: “Depois que Eric morreu, nós tivemos de avisar não só a nossos parentes, mas também a outras pessoas, como o patrão dele e o dono do imóvel onde ele morava. Também foi necessário preencher muitos documentos. E ainda tivemos de organizar as coisas pessoais de Eric. Tudo isso exigia concentração. Mas não foi nada fácil, porque estávamos esgotados em sentido físico, mental e emocional.”

Alguns acham que o desafio maior vem depois. Para eles, é muito difícil ter que cuidar de tarefas que antes eram feitas pela pessoa querida que morreu. Foi isso que aconteceu com Tina. Ela explica: “Timo sempre cuidou dos nossos assuntos no banco e de outras questões que envolviam dinheiro. Agora que tudo isso virou minha responsabilidade, meu estresse só aumentou. Eu ficava pensando se ia mesmo conseguir dar conta dessas coisas sem estragar tudo.”

Esses desafios físicos, mentais e emocionais podem fazer o luto parecer assustador. É verdade que a dor de perder alguém que amamos pode ser muito forte. Mas saber com antecedência desses desafios pode ajudar quem está passando por isso. É bom lembrar que nem todo mundo passa por todas as dificuldades citadas. Além disso, os que estão de luto podem se sentir consolados de saber que seus fortes sentimentos são normais.



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