terça-feira, 14 de novembro de 2017

IMPLANTE COCLEAR: Procedimento que devolve audição não tem programa voltado para atendimento na Paraíba

O otorrino Islam Nascimento foi entrevistado nessa quinta (09) no Master News e comentou sobre a necessidade de um  programa de implante coclear na Paraíba.
O médico lamenta que no estado não exista um serviço adequado para atender casos de surdez que podem ser revertidos com o implante coclear.

Segundo Islam, são dois os centros de reabilitação no estado: a  FUNAD e o Hospital Edson Ramalho, que oferecem aparelhos de audição convencionais. Já o implante coclear é mais raro: “Temos alguns casos que a Secretaria do Estado fornceu alguns equipamentos para o implante coclear. A gente tá criando um histórico que possibilite um centro em João Pessoa de implantes cocleares e embase um investimento federal na Paraíba”.

Islam informa que não é só colocar o implante, uma equipe composta de fonoaudiólogo, pediatra, psicólogo, otorrinolaringologista se faz necessária: “A criança leva alguns anos para aprender a falar, depois de implantado, o paciente também precisa aprender a decifrar os estímulos sonoros e se comunicar”, comenta.


Islam também diz que os pais e mães de surdos são os responsáveis por correr atrás dos seus direitos e possibilitar ocasionais implantes. Ana Beatriz, tem 15 anos e recebeu o implante coclear aos quatro anos. Atualmente ela se desenvolveu bem e fala e ouve graças ao procedimento. Mesmo assim, ainda passa por tratamento para adaptar-se a nova condição.

O Implante

O Implante Coclear (IC) é um dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, que visa proporcionar aos seus usuários sensação auditiva próxima ao fisiológico. O IC é visto como uma boa opção aos portadores de surdez neurossensorial de severa a profunda que não têm condições de escutar e compreender a fala, ou mesmo que escutando alguns sons, essa sensação não é suficiente para o uso social ou profissional. Outro fator relevante à avaliação da possibilidade de realizar o IC é o uso prévio, sem resultados satisfatórios, de aparelhos auditivos clássicos.

O IC possui uma parte externa e outra interna. A parte externa é constituída por um microfone, um microprocessador de fala e um transmissor. A parte interna possui um receptor e estimulador, um eletrodo de referência e um conjunto de eletrodos que são inseridos dentro da cóclea. Esse dispositivo eletrônico tem por objetivo estimular, através desses eletrodos implantados dentro da cóclea, o nervo auditivo que, por sua vez leva os sinais para o encéfalo onde serão decodificados e interpretados como sons.
Fonte: Polêmica Paraíba

Créditos: Polêmica Paraíba