A Procissão da Penha, que completou 250 anos em 2013 e arrasta anualmente mais 300 mil romeiros, agora é Patrimônio Cultural
Imaterial de João Pessoa. De autoria dos vereadores Marcos Vinícius
Nóbrega (PSDB), Luís Flávio (PSDB) e Fernando Milanez (PMDB), o projeto
de lei tem por objetivo proteger a manifestação religiosa.
A lei foi sancionada pelo prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PT), e com a aprovação o Poder Público se compromete a salvaguardar e proteger a Romaria da Penha, de forma a que chegue devidamente preservada às próximas gerações.
A romaria chegou a sua 250º edição no último mês de outubro e tem um percurso de 14 quilômetros com início na Igreja Nossa Senhora de Lourdes, no Centro de João Pessoa.
Caminhar
os 14 quilômetros cantando e rezando para mostrar devoção a Nossa
Senhora da Penha tem sido uma regra seguida por muitos fiéis que cruzam
estados, cidades e ‘atropelam’ as adversidades e atribuem toda a força que conseguem à fé.
A procissão sempre em um sábado neste sábado, em João Pessoa, a partir das 22h, e segue até a manhã do dia seguinte,
cinco semanas antes do Natal. Com a participação de mais de 300 mil
pessoas a Romaria da Penha é a principal manifestação religiosa da
Paraíba e a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Círio de Nazaré,
que coloca cerca de 2 milhões do católicos nas principais ruas de Belém,
no Pará.
História
Em 1763, o português
Sílvio Siqueira fez um apelo à Nossa Senhora da Penha. Ele e a
tripulação de uma embarcação enfrentavam uma grande
tormenta no litoral paraibano e, para vencer o problema, pediu à santa
para aportar com segurança. A graça foi alcançada e, em retribuição,
Sílvio ergueu uma capela onde desembarcou, na então Praia de Aratú, que
hoje é a Praia da Penha. Assim começou a devoção a Nossa Senhora da
Penha na Paraíba. A festa completa 250 anos em 2013.