segunda-feira, 23 de maio de 2016

Sob vaias, Temer leva ao Congresso projeto de revisão da meta fiscal

Governo revisou previsão de rombo de R$ 96,6 bilhões para R$ 170,5 bilhões. O plenário do Congresso deve votar a proposta nesta terça-feira (24).


23/05/2016 16h23 - Atualizado em 23/05/2016 18h58

Sob vaias, Temer leva ao Congresso projeto de revisão da meta fiscal

Governo revisou previsão de rombo de R$ 96,6 bilhões para R$ 170,5 bilhões. 
O plenário do Congresso deve votar a proposta nesta terça-feira (24).

Filipe Matoso e Laís AlegrettiDo G1, em Brasília
O presidente em exercício Michel Temer foi ao Congresso nesta segunda-feira (23) para entregar ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta de revisão da meta fiscal prevista para este ano. Temer foi recebido com vaias e gritos de "golpista".
Ele foi à reunião acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Nesta segunda, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou trechos de um diálogo entre Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, no qual sugere um "pacto" para tentar barrar a Operação Lava Jato.

A chegada do presidente em exercício foi marcada por tumulto e gritos de "golpistas" e "fora, Temer". Ele entrou no gabinete de Renan Calheiros por volta de 16h30 e saiu às 16h50, sem falar com a imprensa.

No início da noite, Temer divulgou nota na qual afirma que solicitou afastamento de Jucá do cargo, "até que sejam esclarecidas as informações divulgadas pela imprensa". Ele disse que o peemedebista continuará, "neste período, auxiliando o Governo Federal no Congresso de forma decisiva, com sua imensa capacidade política".
G1

Após divulgação de gravações, Jucá decide pedir licença do Ministério do Planejamento

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta segunda-feira (23) que irá pedir licença do ministério a partir de amanhã após divulgação de áudios de conversa dele com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Jucá deverá retomar o mandato de senador por Roraima.
A declaração foi dada durante visita do presidente interino Michel Temer ao Congresso Nacional. Horas antes, em entrevista no ministério, Jucá havia negado que deixaria o cargo. “O cargo de ministro é uma decisão do presidente Michel Temer. Vou exercê-lo [o cargo] na plenitude enquanto entender que tiver a confiança do presidente Michel Temer”, disse no começo da tarde.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que, em conversa em março com Sérgio Machado, Jucá sugeriu que uma “mudança” no governo federal poderia levar a um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato. Os dois são investigados pela Lava Jato.
Na entrevista nesta segunda, Jucá confirmou a conversa com Sérgio Machado, a quem chamou de amigo. “O ex-senador Sérgio Machado, a quem considero amigo, foi à minha casa numa manhã, na hora do café da manhã, e me procurou para conversar”, afirmou.
O diálogo, aparentemente gravado sem que Jucá tivesse conhecimento, ocorreu semanas antes da votação na Câmara dos Deputados aprovou o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O advogado de Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o ministro “jamais pensaria em fazer qualquer interferência” na Lava Jato e que as conversas não revelam nenhum ato ilegal.
No diálogo, cuja transcrição foi publicada pela Folha, Machado diz a Jucá que novas delações na Lava Jato não deixariam “pedra sobre pedra” e que seria necessário “montar uma estrutura” para que a investigação contra ele, Machado, não fosse remetida ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação na primeira instância judicial, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo Machado afirma na conversa, o envio das investigações contra ele do STF (Supremo Tribunal Federal) para Curitiba seria uma estratégia para que ele fizesse um acordo de delação premiada e incriminasse líderes do PMDB.
Jucá responde a Machado que seria necessário uma “ação política” e sugere que a mudança do governo traria um quadro favorável. “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, afirma Jucá, no diálogo.
“Eu acho que a gente precisa articular uma ação política”, diz o ministro em outro trecho da conversa. Em seguida, Jucá orienta Machado a se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
Durante a entrevista, do lado de fora do Ministério do Planejamento, um grupo de manifestantes iniciou um coro “Fora, Temer”.
Investigações
Sérgio Machado presidiu a Transpetro, subsidiária da Petrobras, de 2003 a2014 e foi indicado “pelo PMDB nacional”, segundo ele afirmou em depoimento à Polícia Federal. No STF, Machado é alvo de inquérito no qual também é investigado Renan Calheiros.
O ex-diretor da Petrobras e colaborador judicial na Lava Jato Paulo Roberto Costa disse que recebeu R$ 500 mil de Machado.
O ministro Romero Jucá é investigado em um inquérito no STF derivado da Lava Jato por suposto recebimento de propina. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em acordo de delação que o peemedebista o procurou para ajudar na campanha de seu filho, candidato a vice-governador de Roraima, e que por isso doou R$ 1,5 milhão.
Os investigadores da Lava Jato suspeitam que a doação possa ser uma contrapartida à obtenção da obra de Angra 3. Jucá afirma que os repasses foram legais.
Paraiba ja

MEC diz que abrirá novas vagas para Fies

O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que irá garantir novas inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir de junho - e não mais para o fim do ano, conforme previsão inicial revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta segunda-feira.

Mendonça afirma que encontrou o programa sem recursos, mas que conseguiu negociar com o Ministério do Planejamento orçamento para novas candidaturas. "Com a garantia de recursos, a equipe técnica do MEC está trabalhando para, até o final de junho, anunciar o processo das novas inscrições do Fies", disse o ministério, em nota.

O jornal apurou que o novo ministro assumiu compromisso de dar continuidade aos programas educativos iniciados ou fortalecidos na Era PT (Fies, ProUni e Pronatec), mas que novas vagas dependeriam exclusivamente de um balanço financeiro que, segundo interlocutores do MEC, não seria otimista para este ano.

Mendonça confirma, por exemplo, que o orçamento do Pronatec já está zerado para 2016. Porém, afirmou que o programa não será interrompido. "O MEC está buscando outra solução junto ao Sistema S, o que vai assegurar as novas vagas do Pronatec", disse a nota.


Diário de Pernambuco

Casa de radialista da Correio do Vale é alvo de bandidos

  
A residência do radialista Williams Soares, da Correio do Vale FM de Mamanguape, foi alvo de bandidos na tarde desta domingo (22). Três homens ainda não identificados pela polícia teriam atirado várias vezes contra o carro e a casa do apresentador.
“Estacionei o carro e deixei o portão da garagem aberto porque ainda iria sair. Por pouco não fui baleado, três minutos após deixar o carro, escutei os tiros”, contou.

Williams disse à polícia que, no momento dos disparos estava com sua mãe e os filhos no interior do imóvel que fica no bairro Cristo Redentor, em João Pessoa. Ninguém se feriu.

Ao comentar o fato, o repórter frisou que isso não lhe intimida. “Vou continuar com o trabalho diário de defender a sociedade”, destacou.
Ele esteve na Central de Polícia, no bairro do Geisel, para registrar um boletim de ocorrência.


“Ainda não temos a identificação dos responsáveis, estamos investigando e ouvindo testemunhas”, adiantou um policial.
Os atiradores fugiram a pé logo após efetuarem os disparos.

Portal vale do Mamanguape