quinta-feira, 10 de março de 2016

Lula participa de reunião, mas não fala com a imprensa

O ex-presidente Lula participou de uma reunião com políticos, líderes sindicais e movimentos sociais em São Paulo, mas não falou com a imprensa.

Não deu para ver o ex-presidente Lula, mas ele estava dentro de um carro com vidros escuros.  Sem segurança aparente, mas em completo anonimato, ele percorreu boa parte da Zona Sul de São Paulo. O destino era um hotel. Deputados petistas, como Wadih Damous e Arlindo Chinaglia, estavam lá e não quiseram fazer comentários antes de falar com Lula.

O Ministério da Fazenda informou que o encontro já estava agendado há um mês. Era uma reunião do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, com lideranças sindicais e do Movimento dos Sem Terra, intermediada pelo ex-presidente Lula. Segundo os participantes, na agenda estavam apenas assuntos econômicos, mas o encontro - que foi a portas fechadas -  ocorreu no mesmo momento da entrevista dos promotores de São Paulo para explicar por que apresentaram denúncia contra o ex-presidente Lula à Justiça.

O presidente do PT, Rui Falcão, criticou a denúncia e o pedido de prisão: “O pedido de prisão preventiva vai na linha daquilo que já tinha sido feito por esse promotor e os seus dois parceiros de, sem provas, denunciar o presidente Lula. Agora, nessa medida, ao meu ver, midiática, pedir a prisão preventiva do presidente sem qualquer motivo. Eu estou confiando que a juíza da quarta vara criminal a quem o pedido foi dirigido não vai atender esse pedido tresloucado”.
O ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse que buscou apoio dos sindicalistas para as medidas que o governo quer adotar para recuperar a economia do país, mas reconheceu que a crise política atrapalha.

“Esse cenário de instabilidade política atrapalha. Acho esse pedido sem fundamento, nós ficamos sabendo disso no final da reunião. Esse cenário de polarização política atrapalha, mas nós temos que continuar com esse processo de diálogo e de construção. É conversando que nós vamos conseguir superar todos os nossos problemas”, afirmou o ministro.

O ex-presidente Lula não falou com a imprensa, mas o Instituto Lula divulgou uma nota dizendo que o promotor paulista antecipou sua decisão, antes mesmo de ouvir o ex-presidente, por isso considera que é mais uma prova da sua parcialidade pedir a prisão preventiva de Lula.

A nota declara ainda que o promotor “Cássio Conserino não é o promotor natural desse caso e que ele possui documentos que provam que Lula não é proprietário nem do triplex no Guarujá, nem do sítio em Atibaia e tampouco cometeu qualquer ilegalidade”.
A nota diz ainda que a medida cautelar contra o ex-presidente é mais uma triste tentativa do promotor de usar seu cargo para fins políticos.

Em nota, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirmou que o motivo apresentado pelo Ministério Público de São Paulo para pedir a prisão de Lula claramente revela uma tentativa de banalização do instituto da prisão preventiva. E que isso é incompatível com a responsabilidade que um membro do Ministério Público deve ter ao exercer suas funções.

O advogado afirma ainda que o Ministério Público buscou amordaçar um líder político, impedir a manifestação do seu pensamento e até mesmo o exercício de seus direitos. Segundo a defesa, somente na ditadura, quando foram suspensas todas as garantias do cidadão, é que opinião e o exercício de direitos eram causa para a privação da liberdade.

A defesa também afirma que Lula jamais se colocou contra as investigações ou contra a autoridade das instituições. Mas que ele tem o direito, como qualquer cidadão, de se insurgir contra ilegalidades e arbitrariedades.

Segundo o advogado, os promotores também não dispõem de um fato concreto para justificar as imputações criminais feitas ao ex-presidente Lula e aos familiares dele. E basearam a acusação de ocultação de patrimônio em declarações opinativas que não podem superar o título de propriedade, que é dotado de fé pública.

A defesa declarou esperar que a Justiça rejeite o pedido, mantendo-se fiel à ordem jurídica que, segundo o advogado, foi desprezada pelos promotores de justiça ao formularem o pedido de prisão cautelar do ex-presidente Lula.

www.g1.com.br/jn

Entenda o que pode mudar nas regras para passagem aérea

Entre mudanças propostas pela Anac, está limite de bagagem de 10 kg.Propostas vão passar por consulta pública antes de serem aprovadas.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta quinta-feira (10) uma proposta de mudanças em algumas das regras vigentes hoje no setor aéreo que devem afetar direitos e deveres de empresas e passageiros.
Entre as principais propostas está a que permite aos passageiros desistir de uma passagem em até 24 horas após a compra e a que reduz o limite de bagagem despachada em voos domésticos e internacionais.As mudanças incluem ainda menor prazo de reembolso no caso de cancelamento, compensação imediata por extravio de bagagem, limite de multa em caso de cancelamento de passagens, entre outras.
As mudanças não serão automáticas. Após as contribuições nas audiências públicas, os temas serão submetidos à diretoria colegiada da Anac. A previsão é que elas comecem a valer em outubro de 2018.
A Anac defende que as mudanças irão permitir uma maior competição entre as empresas aéreas e a redução do preço de passagens. Segundo a agência, tanto passageiros quanto empresas aéreas serão favorecidos. Entre as vantagens, diz a Anac, está a garantia de oferta de novos produtos e serviços aos passageiros, além da possiblidade de barateamento das passagens.Confira abaixo detalhes sobre as principais propostas e o que pode mudar para empresas e consumidores:
Direito de desistência da passagem
Pela proposta da Anac, aéreas serão obrigadas a reembolsar 100% do valor da passagem, caso a desistência ocorra até 24 horas depois da compra e 7 dias antes da data do voo.
Novo limite de bagagem
Para voos domésticos, a Anac defende aumento do limite de bagagem de mão (que pode ser transportado dentro do avião) a que os passageiros têm direito, dos atuais 5 kg para 10 kg.
Porém, a nova regra prevê que as empresas ficariam livres para cobrar por qualquer bagagem despachada – na prática, o que exceder aos 10 kg da bagagem de mão. Hoje, cada passageiro tem direito de despachar 23 kg de malas, sem cobrança adicional.
Segundo a Anac, a expectativa é que as empresas passem a oferecer bilhetes com diferentes tipos de franquias de bagagem, cobrando valores diferentes, o que poderá baratear as passagens para aqueles que viajam apenas com mala pequena, de mão.
G1

App similar ao WhatsApp paga (pouco) por novos cadastros; doação é a meta

No final do ano passado, uma rede social chamada Tsu prometia remunerar usuários de acordo com os ganhos com publicidade. O formato, porém, foi questionado devido à grande dificuldade para um usuário comum chegar a sacar algum dinheiro, nos moldes de uma pirâmide financeira. Lançado em outubro de 2015, o aplicativo de mensagens Wowapp (iOSAndroid) vai na mesma ideia, mas com um viés mais para a caridade.
O programa é bastante semelhante ao WhatsApp. Com ele você pode conversar via texto, usar emojis, enviar fotos e vídeos, além de apresentar uma versão para desktop a ser instalada no computador. Mas tem a questão financeira –70% a 80% do que é arrecadado é doado aos usuários, e o restante é usado para manter o serviço funcionando. Existem hoje sete formas de lucros: banners publicitários, games online e parcerias com sites de e-commerce são algumas delas.
Usando uma moeda própria, o Wowcoin, o usuário aumenta seu lucro à medida que convidar mais pessoas. Depois escolhe se quer sacar o dinheiro ou doá-lo para instituições beneficentes do mundo todo; são mais de 2.000 cadastradas, incluindo algumas brasileiras. Cada 100 Wowcoins equivalem a um dólar. Se você não quiser doar, o dinheiro pode ser resgatado via cartão de crédito (Mastercard ou Visa).
Independente da questão do lucro, o app têm dois recursos que ainda faltam no Whatsapp: a chamada com vídeo, que pode ser inclusive entre diferentes tipos de dispositivos –de um celular para um PC, por exemplo– e a ligação de voz a partir do app para telefones celulares e fixos; este recurso é pago, porém. Como maior desvantagem, ainda não é possível fazer gravações de áudios, mas o recurso está prometido para abril.
PARAÍBA ONLINE

Diretor global repudia comentário de autor

As declarações de Benedito Ruy Barbosa na festa de lançamento de "Velho Chico", na última segunda-feira (7), continuam rendendo.

Depois de Aguinaldo Silva criticar o colega no Twitter, agora foi a vez de Luiz Fernando Carvalho, o diretor da nova novela, repudiar veementemente as declarações de seu autor.

Em entrevista ao jornal O Globo, Carvalho foi direto: "A declaração do Benedito não corresponde ao meu pensamento nem ao pensamento de toda minha equipe, incluindo aí os autores, Edmara e Bruno além de todo o elenco. Foi um momento muito infeliz. Repudio firmemente toda forma de preconceito. A novela fala de amor, inclusão e lutas por direitos de igualdade e justiça".


E lamenta: "Sinceramente, não posso entender como um escritor tão sensível possa ter chegado a este ponto".

Luiz Fernando é sempre nome certo para dirigir as obras de Benedito. Eles já foram parceiros em "O Rei do Gado" (1996) e "Meu Pedacinho de Chão" (2014), por exemplo.

Na festa de lançamento de "Velho Chico", Benedito disse que "odeia história de bicha" e tem orgulho de seus netos e bisnetos, porque são todos "machos pra cacete".

A própria filha Edmara tentou repreender o pai, que não se intimidou em continuar a dar suas declarações. "É a minha opinião, ué", falou Benedito.


Na Telinha/PB AGORA

Incisão pioneira com células-tronco regenera olhos de crianças com catarata

Procedimento conseguiu recuperar parte do olho de crianças afetadas pela doença na China.
Técnica de uso de células-tronco para tratar catarata foi testada em crianças, mas testes em pacientes mais velhos já começaram; foto de 1999 mostra paciente em cirurgia tradicional de catarata (Foto: Stephen Jaffe/AFP)
Um procedimento pioneiro feito por médicos conseguiu restaurar, a partir de células-tronco, o olho de crianças vítimas de catarata na China.
Mais da metade dos casos de cegueira são causados por catarata, quando o cristalino - a lente natural existente no globo ocular - fica opaco.
Em geral, o tratamento de catarata consiste no implante de uma lente artificial.
Já o novo procedimento, descrito na revista especializada "Nature", ativou células-tronco no olho para desenvolver uma nova lente.
Especialistas descreveram o tratamento como um dos maiores avanços na medicina regenerativa.
Tratamentos e complicações
Cerca de 20 milhões de pessoas no mundo todo perderam a visão devido à catarata. A doença é comum mais entre idosos, mas afeta algumas crianças desde o nascimento.

Os tratamentos tradicionais usam ultrassom para amolecer e quebrar a lente natural deficiente. Em seguida, ela é retirada do olho. Uma lente intraocular artificial é então implantada no olho, mas esse procedimento pode resultar em complicações, principalmente em crianças.
A nova técnica desenvolvida por cientistas da Universidade Sun Yat-sen, na China, e da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, remove a catarata da lente interna do olho através de uma incisão minúscula e deixa a superfície exterior, chamada de cápsula da lente, intacta.
A estrutura é então forrada com as células-tronco epiteliais, que geralmente reparam os danos.
A lente de células-tronco fica atrás da pupila e focaliza a luz na retina.
Segundo os cientistas, o novo procedimento foi feito em 12 crianças depois de testes feitos em coelhos e macacos terem sido bem-sucedidos.
Em oito meses, as lentes de células-tronco já chegavam ao tamanho normal.
"Esta é a primeira vez que uma lente completa foi regenerada. As crianças passaram pela cirurgia na China e continuam muito bem, com visão normal", disse Kang Zhang, um dos pesquisadores.
O procedimento também teve uma taxa de complicações muito menor.
Mas, de acordo com o Kang Zhang, são necessários mais testes antes que esse tratamento se transforme no padrão para tratar crianças com catarata.
Mais informações G1