Primeira mulher presidente está a um passo do impeachment, dizem jornais.Na Europa, imprensa ressalta clima na Câmara e tom dos discursos.
O governo dos Estados Unidos se manifestou sobre a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment.
As manchetes dizem que a primeira mulher a presidir o país está a um passo do impeachment e que Dilma pode perder o cargo às vésperas das Olimpíadas. Os principais jornais dos Estados Unidos deram na capa a votação do impeachment de Dilma Rousseff.
O “The New York Times” especula sobre o que vem agora. O jornal diz que o vice Michel Temer também pode sofrer impeachment. E que o próximo na linha de sucessão, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é acusado de esconder na Suíça milhões de propina.
O “The Wall Street Journal” descreve a votação como um repúdio enfático a Dilma e diz que o impeachment seria um teste sério para a democracia no Brasil.
O “Washington Post” destaca que com os líderes consumidos por uma batalha política e um escândalo de corrupção, o Brasil é hoje um país mais raivoso e mais dividido.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Americano disse ao correspondente Luís Fernando Silva Pinto que os Estados Unidos acompanham de perto a situação no Brasil. E acreditam que os brasileiros vão enfrentar essas questões políticas difíceis de forma democrática e de acordo com os princípios da Constituição.
A sessão de domingo na Câmara também foi destaque na imprensa europeia. A Europa olha para o Brasil e tenta entender o que vê.
O jornal espanhol “El Pais” descreve a sessão da Câmara como "tensa e com interrupções nervosas. A rede britânica SkyNews mostra tentativas de apartar "oponentes no plenário".
Jornalistas mencionam os dez segundos de cada parlamentar diante de uma "audiência inimaginável".
A rede britânica BBC narra parlamentares invocando "Deus, família, patriotismo" e diz que poucos citaram o motivo do pedido de impeachment.
O “Guardian” afirma que "o ponto mais baixo foi a dedicatória de um voto ao responsável pela tortura na ditadura".
O “Guardian” afirma que "o ponto mais baixo foi a dedicatória de um voto ao responsável pela tortura na ditadura".
O jornal britânico também escreve que o grito de golpe foi afogado por canções de torcida.
A SkyNews chama a atenção às cores do time de futebol do Brasil, talvez por desconhecer que as cores verde e amarelo são as cores de nossa bandeira.
O “Guardian” destaca "a figura impassível do presidente da Câmara em meio à cena estridente“.
Todos os principais jornais explicam que Eduardo Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
O “Le Monde” afirma que a presidente Dilma "desceu ao inferno". O “Financial Times” destaca que o mercado deve aplaudir a decisão da Câmara em meio ao otimismo dos investidores.
A BBC fala de um Brasil tenso e dividido: de um lado abatido e de outro em júbilo, mas que o carnaval em algumas ruas não traz uma solução rápida para os problemas políticos e econômicos.
A BBC fala de um Brasil tenso e dividido: de um lado abatido e de outro em júbilo, mas que o carnaval em algumas ruas não traz uma solução rápida para os problemas políticos e econômicos.
A União de Nações Sul-Americanas, a Unasul, declarou que o impeachment ameaça seriamente a democracia e a segurança jurídica da região.
O porta-voz da ONU disse que o secretário-geral da organização, Ban Ki-Moon, acompanha a situação política no Brasil, e que ele está confiante de que os atuais desafios do país serão resolvidos em conformidade com a Constituição.
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