sábado, 8 de setembro de 2018

PF PREPARA NOVA PERÍCIA NO MUSEU NACIONAL HOJE

Peritos continuam investigando a causa do incêndio no Museu Nacional
A Polícia Federal deve fazer neste sábado (8) uma nova perícia no Museu Nacional. O trabalho será realizado por agentes especializados em incêndios. 


O incêndio que destruiu o local completa uma semana neste domingo (9). A PF mantém plantão no local com agentes para fazer a segurança do espaço e garantir que nada seja roubado de dentro do prédio.
Os peritos já identificaram onde o fogo começou. Mas não divulgaram o local exato, para evitar especulações sobre a causa da tragédia. O RJTV apurou que a investigação não descartou a hipótese de incêndio criminoso. 

O esforço agora é pela reconstrução e pelo levantamento do acervo que escapou do fogo. Parte da coleção dos povos indígenas do Brasil foi preservada porque estava numa exposição em Brasília. São 262 peças expostas no memorial dos povos indígenas desde o dia 28 de agosto, cinco dias antes do incêndio.
“Alegria pequena diante da tragédia brutal que a gente viveu essa semana. Então, qualquer pedacinho de alegria a gente está se agarrando, e esse é um deles”, disse o subsecretário de Patrimônio Cultural, Gustavo Pacheco, ao comentar sobre a coleção que estava em Brasília.
Peças do acervo indígena do Museu Nacional em exposição no DF (Foto: Arquivo pessoal)
Peças do acervo indígena do Museu Nacional em exposição no DF (Foto: Arquivo pessoal)
No Rio, cerca de 1,5 milhão de peças, das coleções botânicas, de mamíferos e répteis, além de livros, estavam em outros prédios. Uma equipe já foi formada para entrar no prédio histórico a partir da segunda feira para procurar e recolher peças do acervo. 

Neste primeiro fim de semana depois da tragédia, ainda tem visitantes que vão até a Quinta da Boa Vista para poder acreditar no que aconteceu. 

“É bem triste. Impactante para gente chegar aqui e ver o museu desse jeito”, disse Gabriela Machado.
“A gente vem aqui há muito tempo. Eu sou servidora pública, sei o quanto é difícil manter os imóveis públicos. A gente vê isso em várias esferas. Agora que o museu queimou estão se mobilizando para poder reformar. Porque isso não foi feito antes, no sentido de manter essa cultura, a história do Brasil. Um país sem história, como que fica?”, disse Adriana Gonçalves, que foi à Quinta da Boa Vista acompanhada pela família.

Ex-namorada denuncia Eduardo Bolsonaro na Delegacia da Mulher por ameaça

Patricia Lelis sofreu injúrias e ameaças pelo celular do deputado Eduardo Bolsonaro
 
Patricia Lelis sofreu injúrias e ameaças pelo celular do deputado Eduardo BolsonaroA jornalista Patrícia Lélis registrou um boletim de ocorrência contra o suposto ex-namorado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) na última terça-feira (18). Segundo publicou em seu Instagram, ela sofreu injúrias e ameaças pelo celular do deputado federal. O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), em Brasília.

"Voltei a sofrer ataques machistas de haters, e de pessoas simpatizantes do então deputado, enfim, fascistas seguidores de Eduardo e sua turma, e como se não bastasse: Uma ameaça direta do próprio", afirma a postagem, feita na noite de ontem, com uma foto de um boletim de ocorrência.

A polêmica começou no dia 11 de julho, quando rodou pelo Facebook o print de uma postagem que supostamente pertencia à página privada do deputado federal. No texto, ele estaria reclamando de uma ex-namorada que "é vista em balada LGBT acompanhada de médico cubano, usando uma roupa vulgar".
Mesmo sem ser citada, no mesmo dia Patrícia respondeu ao deputado sob o argumento de que viveu com ele três anos e oito meses de um relacionamento abusivo. "Você consegue desrespeitar até pessoas que nunca viu na vida", diz a publicação da jornalista. Ela acaba o post com um pedido que ele pare de ligar falando que está com saudades.

No dia seguinte, o deputado gravou um vídeo em resposta às acusações, negando que a publicação seja sua. "Agora vem esse print aí, um fato que não tá nem no meu Facebook nem no Facebook dela", afirma Bolsonaro no vídeo público, postado no Facebook. "Além disso, inventou uma história aí que eu teria engravidado ela e ela abortou, um negócio mal contado que eu nem dei bola."

Na sua postagem no Instagram de ontem, curtida mais de 10 mil vezes, Patrícia diz que o deputado age "como bom moço" publicamente. "Porém nas mensagens privadas o comportamento foi o de sempre: Tentar abafar o caso com grosserias machistas, injúrias diversas e várias ameaças com o intuito de tentar me intimidar ou calar minha voz", publicou a jornalista.

Ela explica que decidiu ir à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) por ter sofrido diversas críticas e questionamentos quando denunciou o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio sexual por ter demorado a fazê-lo. "Quem fala isso, não tem a noção do quanto é difícil denunciar um agressor, ainda mais se esse agressor se encontrar 'protegido' por pessoas que os defendem com unhas e dentes, acreditando que realmente são donos da boa moral", diz a publicação.

"Porém desta vez, resolvi agir de forma diferente, pois infelizmente já estou aprendendo como as coisas funcionam com esse tipo de pessoa."

Patrícia conta que mostrou as mensagens de ameaça, que, segundo ela, partiram do celular pessoal de Bolsonaro, à polícia. O boletim foi registrado na delegacia em Brasília e deverá
ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), visto que o deputado tem foro privilegiado.
Procurado pelo UOL, o gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que ele já havia tratado do assunto publicamente, nas redes sociais, e que só voltaria a dar entrevistas na primeira semana de agosto.