No acumulado desde 1º de janeiro, o principal telejornal do país tem 28 pontos na Grande São Paulo. É sua melhor sequência em cinco anos.
Além das novelas das sete e, principalmente, das nove, o Jornal Nacional é influenciado por outros fatores. A concorrência é o mais importante deles. A temperatura do noticiário também é relevante _mas nem sempre, mostram os gráficos históricos.
Neste mês, tudo conflui a favor do Jornal Nacional. O noticiário político-policial, embora não tenha a força de uma tragédia, está quente, duradouramente quente. As novelas das sete (28 pontos) e das nove (31) vão bem, e a concorrência vai mal.
Em guerra com as operadoras de TV por assinatura, Record e SBT perderam, respectivamente, 30% e 20% da audiência no principal mercado do país. Nos dez primeiros dias deste mês, no horário do JN, A Record, com a novela O Rico e Lázaro, registrou 8,4 pontos _eram 12 no mês passado.
Um quadro muito diferente de outubro e novembro de 2015, quando o Jornal Nacional enfrentou uma das mais duras concorrências de sua história, sofreu uma série de derrotas para a saga do herói bíblico Moisés e teve que mudar sutilmente de horário, numa estratégia da Globo para reduzir os prejuízos.
Com as pragas do Egito bombando, o telejornal teve média de 22,1 pontos em outubro de 2015, contra 17,5 da Record. A novela das sete (22,2) não ajudava muito, nem a das nove (25,4).
Curiosamente, o pior mês do Jornal Nacional nesta década não teve influência da concorrência nem das novelas da Globo e da temperatura do noticiário.
Foi em setembro de 2014. No mês em que Patrícia Poeta foi substituída por Renata Vasconcellos, no auge de uma campanha eleitoral presidencial, o JN deu apenas 20 pontos de média. O motivo: ia ao ar mais cedo, às 20h, antes do horário eleitoral gratuito, que orbitava em torno dos 15 pontos.
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