sexta-feira, 17 de junho de 2016

Amiga de vítima de estupro no Piauí pode responder por coautoria

Mulher estava no local, presenciou os abusos e não interveio, diz delegado. Polícia investiga ainda um político suspeito de obstruir as investigações.


A amiga da vítima do estupro coletivo ocorrido em Sigefredo Pacheco, Norte do Piauí, pode responder pela coautoria do crime, segundo informou o delegado Laércio Evangelista, que preside o inquérito. De acordo com ele, a jovem estava no mesmo local onde o abuso ocorreu e não interveio na situação. Quatro suspeitos de participação no estupro coletivo foram presos na tarde de quinta-feira (16) e um outro está foragido.
“Essa amiga pode responder por coautoria, incluída no artigo 29 do Código Penal, e já foi ouvida pela polícia. Ela estava no local tendo relações sexuais com um dos suspeitos, presenciou o abuso e não interveio", afirmou o delegado.
O artigo 29 do Código Penal diz que "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade".
Em depoimento à polícia, a testemunha chegou a afirmar que a vítima estava desacordada quando foi levada para casapor dois, dos cinco rapazes que estavam no carro quando o vídeo foi gravado. Ela contou ainda, que ficou com um dos rapazes, mas não soube dizer se o outro abusou da amiga. Já a vítima disse não lembrar de nada do que aconteceu.
Uma das imagens a qual a polícia teve acesso mostra a moça visivelmente sem reação, deitada na cama com o vestido levantado e as partes íntimas à mostra. Na foto, um homem seminu aparece sentado próximo a ela. Já em um dos vídeos, que foi gravado dentro de um carro, mostra os rapazes debochando da vítima enquanto um deles a toca na vagina e ela não esboça qualquer reação. Todo o material foi compartilhado pelo WhatApp.
Segundo o delegado Laércio Evangelista, após a prisão dos quatro homens, eles confessaram que outros dois vídeos foram gravados e mostram a vítima em situaçõs absurdas e constrangedoras. Todos vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável e difamação, já que compartilharam vídeos e fotos com o abuso realizado contra a vítima.
G1

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