Saldo do emprego formal foi divulgado pelo Ministério do Trabalho.Março foi o 12º mês seguido de fechamento de empregos com carteira.
O Brasil completou em março um ano ininterrupto de fechamento de vagas com carteira assinada, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Ministério do Trabalho.
O último mês com contratações acima das demissões foi março do ano passado - quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
Os números oficiais mostram as demissões superaram as contratações em 118.776 vagas formais em março de 2016, no que foi o pior resultado, para este mês, desde o início da série histórica do governo - que tem início em 1995. Deste modo, foi o pior mês de março em 25 anos.
A demissão de trabalhadores acontece em meio à forte queda do nível de atividade, com a economia brasileira passando pela maior recessão dos últimos 25 anos. No ano passado, o PIB "encolheu" 3,8% e, para este ano, a previsão do mercado financeiro é de um recuo de igual intensidade.
Primeiro trimestre
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o país perdeu 319.150 empregos formais. No mesmo período do ano passado, 50.354 trabalhadores com carteira assinada foram demitidos.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o país perdeu 319.150 empregos formais. No mesmo período do ano passado, 50.354 trabalhadores com carteira assinada foram demitidos.
Segundo o governo, o resultado dos três primeiros meses deste ano também foi pior, para este período, desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 2002.
Os números de criação de empregos formais do primeiro trimestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e fevereiro. Os dados de março ainda são considerados sem ajuste.
Demissões de 1,85 milhão de trabalhadores em 12 meses
O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses, foi registrada a demissão de 1.853.076 trabalhadores com carteira assinada.
O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses, foi registrada a demissão de 1.853.076 trabalhadores com carteira assinada.
Com isso, o total de trabalhadores empregados formalmente no país somou 39,37 milhões de pessoas em março deste ano, contra 41,22 milhões de pessoas empregadas, com carteira assinada, no mesmo mês do ano passado.
Setores
No mês passado, quase todos os setores da economia demitiram trabalhadores, com exceção da administração pública, que contratou 4.335 pessoas.
No mês passado, quase todos os setores da economia demitiram trabalhadores, com exceção da administração pública, que contratou 4.335 pessoas.
O setor de comércio liderou o fechamento de vagas com carteira assinada em março deste ano, com 41.978 demissões - seguido pela indústria de transformação (24.856 vagas fechadas).
A construção civil fechou 24.184 postos formais em março, ao mesmo tempo em que o setor de serviços registrou a demissão de 18.654 trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho.
Já a agricultura teve o fechamento de 12.131 postos de trabalho em março, enquanto que a indústria extrativa mineral demitiu 964 empregados no mês passado.
Números regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em todas as regiões do país em março de 2016.
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em todas as regiões do país em março de 2016.
A região Sudeste foi a que teve mais trabalhadores demitidos no mês passado, quando 58.004 pessoas perderam o emprego. A região Nordeste, por sua vez, registrou a demissão de 46.269 trabalhadores, enquanto a região Norte contabilizou o fechamento de 10.706 vagas formais.
Já a região Sul fechou 2.855 empregos com carteira assinada no mês passado e, a região Centro-Oeste, apresentou um saldo de 942 vagas formais fechadas.
Das 27 unidades da federação (26 estados e o Distrito Federal), apenas quatro tiveram aumento do emprego formal em março deste ano. São eles: Rio Grande do Sul (4.803 postos), Goiás (3.331 postos), Roraima (220 empregos) e Mato Grosso do Sul (187 postos formais em março).
G1
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