sexta-feira, 15 de abril de 2016

Batalha por votos sobre impeachment é acirrada entre deputados

Nesta quinta-feira (14), mais cinco partidos assumiram posição sobre o impeachment, fechando o quadro dos 25 partidos com vaga na Câmara.


Edição do dia 14/04/2016
14/04/2016 21h09 - Atualizado em 14/04/2016 21h09

Batalha por votos sobre impeachment é acirrada entre deputados

Nesta quinta-feira (14), mais cinco partidos assumiram posição sobre o impeachment, fechando o quadro dos 25 partidos com vaga na Câmara.

Nesses dias que antecedem a votação no plenário da Câmara, a batalha pela conquista de votos contra e a favor do impeachment é cada vez mais acirrada.
Nesta quinta-feira (14), mais cinco partidos assumiram posição sobre o impeachment, fechando o quadro dos 25 partidos com vaga na Câmara.
Decidiram encaminhar a favor do impeachment 18 partidos, entre eles o PMDB, maior bancada da Câmara, o PSDB e PP.
Decidiram encaminhar no plenário contra o impeachment cinco partidos, entre eles o PT, que tem a segunda maior bancada da Câmara, o PR e o PDT.
Os partidos PT do B e Rede, que somam sete deputados, não vão dar orientação de voto.
Nessa relação de partidos pró e contra o afastamento da presidente Dilma, muitos deputados declararam que não vão seguir a orientação dos líderes e devem votar de acordo com a vontade deles. A discussão do pedido de impeachment em plenário começa na sexta-feira (15) de manhã. Mas a sessão de votação mesmo está marcada para às 14h de domingo.
Três ministros, Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, Marcelo Castro, da Saúde, e Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, deixaram os cargos nesta quinta-feira (14). Eles são deputados do PMDB e voltam para votar contra o impeachment. A presidente Dilma reuniu líderes dos partidos governistas e deputados de partidos que deixaram o governo, mas estão contra o impeachment. O líder do PT disse que tem os votos necessários para evitar o afastamento de Dilma.
“Nós temos trabalhado com muita parcimônia em contraposição a essa campanha de ‘já ganhou’ sem voto, que é da oposição. Ontem, nós projetamos algo em torno de mais de 200 votos chegando possivelmente a 220. Há muitos indecisos que só se decidirão no plenário e é de direito deles”, afirmou o deputado Afonso Florence (PT-BA), líder do partido.
A oposição calcula que já tem mais do que os 342 votos necessários para aprovar o afastamento de Dilma.
“Os votos estão declarados e nós não mentimos e acertamos o placar na comissão do impeachment. Da mesma forma nós estamos fazendo uma contagem rigorosa e fazendo checagem e rechecagem, portanto os números que são dados publicidade pelo nosso pessoal que coordena, são números absolutamente confiáveis”, afirmou o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), líder do partido.
Uma lista de parlamentares gerou polêmica na Câmara. A deputada Luciana Santos, do PC do B, apresentou a lista com 186 assinaturas para lançar uma frente parlamentar em defesa da democracia. Nela, assinaturas de muitos deputados do DEM e do PSDB abertamente a favor do impeachment.
A oposição logo alertou que ela não poderia ser usada como um manifesto contra o impeachment.
O deputado domingos Sávio, do PSDB, foi ao plenário exigir que a criação da frente parlamentar fosse suspensa. Para ele, houve má-fé.
www.g1.com.br/jn

Nenhum comentário: