O ponto crítico da falta de entendimento entre a reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz
e os estudantes que apoiam os quatro alunos que estão a oito dias em
greve de fome, aconteceu ontem (29), por volta das 18h00. De acordo com
relatos, os estudantes invadiram a reitoria, agrediram o assessor de
imprensa da instituição e mantiveram em cárcere privado os funcionários
da reitoria, Margareth e sua filha, que possui deficiência física, até o
momento da Polícia Militar chegar ao local para negociar a liberação
dos funcionários e da reitora. Apesar da presença da polícia de de
testemunhas, os estudantes publicaram uma nota de esclarecimento na página do movimento no Facebook, negando as acusações.
Confira a nota na íntegra:
“Nota de Escurecimento da Greve de Fome UFPB mediante as acusações mentirosas da Reitora
No
dia 29/02/16 a reitoria da UFPB foi ocupada, após 7 dias de greve de
fome, desmaios, convulsões, ataques de pânico, descaso, omissão e
desumanização ocupamos a reitoria em solidariedade aos nossos
companheiros que estão desfalecendo acorrentados em greve de fome na
luta pela assistência estudantil e sem NENHUMA RESPOSTA por parte da
reitora.
O
estopim, no qual, desencadeou essa ocupação foi a Reitora Margareth
marcar conosco uma reunião para recebermos uma resposta das
reivindicações exigidas e a mesma retirar-se do local durante a reunião
sem nenhum posicionamento e resposta.
As
entrevistas que a Margareth deu após a mobilização, não mencionam de
forma nenhuma a verdade sobre a nossa ocupação. Nesse sentido, de
maneira nenhuma mantivemos a reitora e sua filha em “carcere privado”,
pelo contrário, abrimos espaço para que elas conseguissem ir embora da
reitoria sem nenhum constragimento.
Reinteramos
que foi uma medida extrema, no qual, a própria Gestão da Universidade
impôs aos estudantes mediante a uma situação de descaso, negligência e
reducionismo. Existem quatro estudantes em greve de fome bastante
debilitados e a nossa reitora não demonstra interesse em reverter a
situação de emergência acontecendo na Universidade, como também, se nega
a realizar um diálogo horizontal e coletivo para atender as nossas
reivindicações, nas quais são direitos estudantis. A ocupação vem
fortalecer a greve de fome, de forma que estamos juntas e juntos na luta
pela permanência e assistência estudantil.
“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” ( Bertolt Brecht)”
Paraíba já
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