Postos de saúde de todo o Brasil receberam um novo calendário de
vacinação para 2016. As mudanças afetam bebês e meninas até 14 anos.
Laura trouxe a filhinha, Isabelle, de dois meses, para tomar a primeira dose da vacina contra a paralisia infantil.
“Foi só um chorinho rápido. O importante é tomar todas as vacinas
certinhas e ficar longe de doença”, diz a faxineira Laura Lima.
Este ano, os pais precisam ficar mais atentos ao cartão de vacinação.
Contra a paralisia infantil, o que muda é a forma de aplicação. Todas as
três doses - aos 2, aos 4 e aos 6 meses – passam a ser injetáveis.
Gotinha, só no reforço aos 15 meses, aos 4 anos e durante as campanhas
de vacinação.
Na meningite, as primeiras doses continuam aos 3 e aos 5 meses. O reforço foi antecipado de 15 meses para 1 ano de idade.
A vacina contra a pneumonia perde uma dose. Será aos 2 e aos 4 meses. O reforço é com 1 ano de idade.
E pras meninas de 9 a 14 anos, tem a vacina contra o HPV que previne
contra o câncer de colo de útero. Agora são duas e não mais três. E o
intervalo entre a primeira e a segunda deve ser de seis meses.
Carolinne, de 11 anos, tomou a segunda, e agora última, dose da vacina
contra o HPV. O pai sabe que não será mais preciso tomar a terceira
dose. E está tranquilo.
"Se isso foi determinado pelo Ministério da Saúde, então, acredito que
eles têm mais conhecimento do que eu”, afirma o empresário Mauro
Vendramini.
O Ministério da Saúde afirma que a redução das doses não tem nada a ver
com custos e garante que a proteção contra as doenças será a mesma. O
programa de vacinação tem um orçamento de R$ 3,2 bilhões para este ano.
Dez por cento a mais do que em 2015.
“Não há nenhum objetivo de economia no programa nacional de imunizações
e sim garantir a efetividade das ações de imunização do nosso país”,
afirma Carla Domingues, coord. Programa Nacional de Imunizações.
O vice-presidente da sociedade brasileira de imunizações defendeu as
mudanças. “De acordo com a situação de uma determinada doença, ou com
número de casos que aparece numa região no nosso país, nós podemos
alterar este calendário que deve ser dinâmico visando sempre a maior
cobertura das doenças e a maior saúde da população”, diz Renato Kfouri,
vice-presidente da Soc. Bras. Imunizações.
www.g1.com.br/jn
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