quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Postos de saúde recebem novo calendário de vacinação para 2016

Postos de saúde de todo o Brasil receberam um novo calendário de vacinação para 2016. As mudanças afetam bebês e meninas até 14 anos.
Laura trouxe a filhinha, Isabelle, de dois meses, para tomar a primeira dose da vacina contra a paralisia infantil.

“Foi só um chorinho rápido. O importante é tomar todas as vacinas certinhas e ficar longe de doença”, diz a faxineira Laura Lima.

Este ano, os pais precisam ficar mais atentos ao cartão de vacinação. Contra a paralisia infantil, o que muda é a forma de aplicação. Todas as três doses - aos 2, aos 4 e aos 6 meses – passam a ser injetáveis. Gotinha, só no reforço aos 15 meses, aos 4 anos e durante as campanhas de vacinação.

Na meningite, as primeiras doses continuam aos 3 e aos 5 meses. O reforço foi antecipado de 15 meses para 1 ano de idade.
A vacina contra a pneumonia perde uma dose. Será aos 2 e aos 4 meses. O reforço é com 1 ano de idade.

E pras meninas de 9 a 14 anos, tem a vacina contra o HPV que previne contra o câncer de colo de útero. Agora são duas e não mais três. E o intervalo entre a primeira e a segunda deve ser de seis meses.

Carolinne, de 11 anos, tomou a segunda, e agora última, dose da vacina contra o HPV. O pai sabe que não será mais preciso tomar a terceira dose. E está tranquilo.
"Se isso foi determinado pelo Ministério da Saúde, então, acredito que eles têm mais conhecimento do que eu”, afirma o empresário Mauro Vendramini.

O Ministério da Saúde afirma que a redução das doses não tem nada a ver com custos e garante que a proteção contra as doenças será a mesma. O programa de vacinação tem um orçamento de R$ 3,2 bilhões para este ano. Dez por cento a mais do que em 2015.

“Não há nenhum objetivo de economia no programa nacional de imunizações e sim garantir a efetividade das ações de imunização do nosso país”, afirma Carla Domingues, coord. Programa Nacional de Imunizações.

O vice-presidente da sociedade brasileira de imunizações defendeu as mudanças. “De acordo com a situação de uma determinada doença, ou com número de casos que aparece numa região no nosso país, nós podemos alterar este calendário que deve ser dinâmico visando sempre a maior cobertura das doenças e a maior saúde da população”, diz Renato Kfouri, vice-presidente da Soc. Bras. Imunizações.

www.g1.com.br/jn

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