O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, criticou neste sábado
(16) recentes vazamentos da delação premiada que relacionam o nome dele e
o da presidente Dilma Rousseff (PT) na Operação Lava Jato.
Alvo de um inquérito no STF após delação do diretor da construtora UTC, Ricardo Pessoa, Silva
também foi relacionado em uma troca de mensagens com o ex-diretor da
OAS, Léo Pinheiro. Em ambos os casos, são questionados repasses para a
campanha eleitoral de Dilma Rousseff, da qual o ministro foi tesoureiro.
Em visita a Ribeirão Preto (SP), Silva afirmou que as informações que
chegam à imprensa estão fora de contexto e deveriam ser mantidas em
sigilo para não atrapalhar o andamento das investigações. Para ele, o
vazamento enfraquece as instituições responsáveis pelas apurações e o
estado de direito.
"Não podemos permitir que aquilo que tem tudo para fazer com que o
Brasil saia mais forte se desgaste por conta de vazamentos alimentados
pela luta político-partidária", afirma.
Relatório da Polícia Federal divulgado na última semana revela uma
troca de mensagens entre Edinho Silva, quando era deputado estadual
pelo PT e presidente da legenda, e o ex-presidente da construtora OAS,
Léo Pinheiro, um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Outros
integrantes do PT, dentre eles o ex-presidente Lula e a presidente
Dilma, são também citados em depoimento prestado recentemente pelo
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
"Você não pode aceitar. O Ministério Público e o Judiciário não podem
aceitar que delações premiadas que sequer foram concluídas, que sequer
foram homologadas, aceitas, sejam vazadas para a luta
político-partidária. Isso é ruim para a democracia, isso não fortalece
as instituições", diz.
G1
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