O secretário de Estado da Comunicação Institucional, Luís Tôrres,
afirmou, na manhã desta quarta-feira (20), que o Governo do Estado irá
processar o Instituto do Coração – Incor de Campina Grande, pela não
realização da cirurgia do aposentado João Batista, que faleceu na
madrugada de hoje, aguardando uma cirurgia de angeologia. O secretário
relatou que o Estado deu garantias, após a decisão judicial, que o Incor
era credor do Governo. Além disso, dados da Secretaria de Estado da
Saúde (SES) apontam que foram pagos à clínica apenas em 2015,
aproximadamente, R$ 582 mil para o custeio de cirurgias impostas através
de decisões judiciais.
"O Governo do Estado vai processar o Incor pela não realização da
cirurgia do paciente que chegou a falecer, lamentavelmente, com base na
garantia que o estado deu a partir da decisão judicial. Os instrumentos
que o estado providenciou a partir da decisão judicial para que o Incor
pudesse estar oficialmente registrado como credor do estado em função
da realização da cirurgia, ou seja o governo do estado tomou todas as
providências para assegurar que o Incor tivesse toda convicção e certeza
e formalidade de que era credor do estado em relação a esta cirurgia,
mesmo assim o Incor que recusou-se a fazer”, afirmou.
Tôrres salientou que o governo apenas faz os repasses dos valores das
cirurgias, e não gerencia o Incor, e que a clínica se recusou a
realizar os procedimentos cirúrgicos.
“O governo fazia os repasses e para atender a determinação judicial,
já que o governo não faz a cirurgia em seus quadros, faria um repasse
para a clínica particular.
Foi a clínica que se recusou a fazer, mesmo
tendo todo os instrumentos jurídicos para realizar a cirurgia, e o
principal deles é o empenho. Quem entende de serviço público sabe que
este é o instrumento mais seguro de se garantir que é credor de um
débito de um poder público, e essa providência foi tomada, inclusive
logo depois da decisão judicial”, salientou.
De acordo com o secretário, o governo já havia realizado outros
repasses para o Incor e certificou que as responsabilidades devem ser
compartilhadas, pois o governo deu garantias formais do pagamento da
cirurgia.
“Há registros de outros repasses para o Incor ao longo desses anos
todos. Então havia um histórico de pagamento para a clínica e porque
eles querem transferir tão somente para o Estado essa responsabilidade?
Porque que não abriu as portas e não viu tendo uma garantia formal que
seria credora do Estado, não foi algo de boca, o Estado tomou as
providências jurídicas para tanto. Por causa disso o Estado não vai
permitir que se faça uma exploração indevida nas suas costas das
responsabilidades que são compartilhadas e divididas com aqueles que
deveriam ter feito efetivamente a cirurgia”, declarou.
Paraíba já
Nenhum comentário:
Postar um comentário