Lista de abertura de inquérito autorizada por Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, tem oito ministros do governo Temer. Mais cedo, presidente disse que governo não pode se paralisar.
uestionado nesta quarta-feira (12) se está preocupado com o fato de haver oito ministros do governo na lista do ministro Edson Fachin, o presidente Michel Temer disse que vai "deixar o Judiciário agir".
A lista do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF)
contém pedidos de investigação de políticos com base nas delação de
executivos da Odebrecht e veio a público na terça-feira (11). Além dos
oito ministros do governo Temer, o pedido inclui 42 deputados e 29
senadores.
“Vou deixar o Judiciário agir”, declarou o presidente para a imprensa,
após participar de um ato de assinatura de uma portaria no Palácio do
Planalto para desburocratizar o exame de patentes na Anvisa.
São alvos de pedidos de abertura de inquéritos os ministros Eliseu
Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Kassab (PSD), da
Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional,
Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo Maggi (PP), da
Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Marcos Pereira (PRB),
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Mais cedo, em dois discursos durante cerimônias no Planalto, Temer
havia declarado, sem citar a lista de Fachin, que o governo não pode
ficar paralisado. Ele também defendeu a continuidade das atividades
Congresso Nacional e separação dos poderes.
"O governo não pode parar. Às vezes, os conceitos mais singelos da
administração pública são esquecidos. Então, digamos assim: o Executivo
executa, o Legislativo legisla e o Judiciário julga. E cada um vai
exercendo suas funções. Nada deverá paralisar a atuação governamental".
Os discursos foram acompanhados por ministros e parlamentares. No
primeiro evento, Temer assinou cinco atos em prol das mulheres, como
proibir uso de algemas em mulheres grávidas; no segundo, ratificou uma
portaria para desburocratizar exames de patentes na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
G1
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