quinta-feira, 5 de maio de 2016

Cunha Lima vê decisão acertada em afastamento de Cunha, mas questiona operação da justiça

Líder do PSDB no Senado, o senador Cássio Cunha Lima surpreendeu ao criticar, nesta quinta-feira (05), o modus operandi de como se deu a decisão do ministro do STF que afastou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato.

Para Cunha Lima, a decisão foi atípica e pode demonstrar uma intromissão do poder judiciário.

"É uma decisão atípica, primeiro porque, até onde eu lembro, é a primeira vez que acontece; segundo porque pode ser interpretada como uma intromissão de um poder em outro; terceiro porque, no próprio despacho, o ministro diz que não encontra, na norma constitucional, previsibilidade para isso. Então é uma medida excepcional, mas, diante da procrastinação, da obstrução que Eduardo Cunha vinha fazendo no processo de investigação da Câmara e diante do fato iminente de se tornar o segundo na linha sucessória na próxima semana, alguma providência precisava ser tomada, em nome do país, em nome da estabilidade mínima que a nação precisa ter. Às vezes para salvar o corpo você tem que amputar um membro. A medida foi correta."

Além do paraibano, outros parlamentares da base e da oposição disseram que consideraram acertada a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o mandato de deputado federal de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, consequentemente, afastá- lo da Presidência da Casa.

Logo no início da manhã, Cunha foi notificado da decisão liminar (provisória) deTeori. O ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República, feito em dezembro. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, Cunha estava atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.

Segundo a assessoria, Cunha já decidiu que vai recorrer da decisão de Teori.
 


PB Agora

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