segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cidade de SP tem 20 dias seguidos acima dos 30ºC em abril e bate recorde

Período quente pode ser classificado como 'anômalo', explica meteorologista.
Capital registrou apenas 0,6 mm de chuva este mês, segundo o Inmet.


A cidade de São Paulo passa por um mês de abril "bem anômalo" por causa da série recorde de dias quentes, segundo o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet). Até agora, foram 20 dias seguidos com temperatura acima de 30ºC na capital paulista. A sequência mais longa na cidade havia sido de 11 dias, em abril de 1987 e 2005, divulgou o Inmet. O instituto iniciou suas medições em 1943. Além do calor, a falta de chuva agrava os riscos de queimadas e queda no nível dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo.
"Essas sequências [de dias mais secos] até costumam acontecer, mas não nessa época não. Elas são mais comuns no pico do inverno. Os motivos disso ainda precisam ser estudados de forma mais profunda, mas em São Paulo, por exemplo, não tivemos nem mesmo a brisa do oceano", afirmou o meteorolNo dia 9, a temperatura máxima alcançou 32,9°C na cidade de São Paulo, a segunda mais elevada para um dia de abril desde 1943. O calor prolongado, segundo Schneider, pode estar relacionado ao fenômeno El Niño e ser um dos responsáveis por bloquear a passagem de frentes frias no estado de São Paulo nas últimas semanas, que poderiam levar chuva e ar mais frio para as cidades paulistas.
Na capital, a estação do Inmet no Mirante de Santana, na Zona Norte, marcou 0,6 mm de chuva até o momento. O volume esperado, baseado na série histórica, são 81,2 mm. Outros municípios do interior também passam por um mês extremamente seco. Em Presidente Prudente, não houve registro de chuva em abril. Já em São Simão, choveu só 0,5 mm.
Apesar da sensação de tempo seco, o meteorologista disse que os índices de umidade relativa do ar ficaram dentro da média esperada para abril. "Em alguns dias, a umidade ficou abaixo dos 30%, tanto na capital como no interior, mas isso é normal para o mês. O problema foi a sequência de dias de muito calor, o que não é comum", explicou o meteorologista Marcelo Schneider.
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