O homem que comandou a propaganda eleitoral do Partido dos
Trabalhadores nas três últimas eleições presidenciais está na cadeia. O
publicitário João Santana
e a mulher dele, Monica Moura, chegaram nesta terça-feira (23) ao
Brasil e foram levados para Curitiba. Eles são os principais alvos da
Operação Acarajé - a etapa da Lava Jato deflagrada na segunda-feira.
O publicitário João Santana e a mulher dele, Monica Moura, foram presos
nesta terça-feira (23) de manhã no Aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo. O casal estava na República Dominicana, onde trabalhava pra campanha de reeleição do presidente Danilo Medina.
De São Paulo, eles seguiram pra Curitiba num avião da Polícia Federal, onde chegaram por volta do meio dia.
O publicitário é o principal alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato.
Ele trabalhou nas três últimas campanhas presidenciais do PT - a do
ex-presidente Lula, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014.
A Polícia Federal suspeita que João Santana recebeu US$ 7,5 milhões desviados da Petrobras
numa conta secreta no exterior. Segundo as investigações, US$ 4,5
milhões foram depositados pelo operador da Petrobras Zwi Skornicki. E
US$ 3 milhões foram depositados por empresas offshore controladas por
executivos ligados ao grupo Odebrecht.
O juiz Sergio Moro afirmou no despacho que há fundada suspeita de que o
pagamento efetuado por Zwi Skorcnik seria de serviços prestados ao
Partido dos Trabalhadores.
Zwi Skornicki, o diretor-presidente da Odebrecht construtora, Benedito Barbosa
da Silva Junior, e Vinícius Veiga Borin, suspeito de auxiliar na
movimentação das contas da empresa, chegaram na noite de segunda-feira
(22) a Curitiba. Todos já passaram por exame de corpo de delito no IML, incluindo João Santana e a mulher dele.
O advogado do publicitário e de Monica Moura, Fábio Tofic, disse que os
dois vão prestar depoimentos na quarta-feira (24), no início da tarde.
Ele disse que o casal é inocente das acusações.
“O que eu posso assegurar é que não tem um centavo de valor recebido no
exterior que diga respeito a campanhas brasileiras”, afirma Fábio
Tofic, advogado João Santana e Monica Moura.
E também comentou o fato de eles terem chegado ao Brasil sem computadores e celulares pessoais.
www.g1.com.br/jn
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