Ano de 2016 se mostra favorável para quem quer comprar um imóvel
Preços tendem a continuar mais baixos e a oferta de promoções deve continuar alta.
A crise afetou a economia brasileira e, com o cenário de instabilidade,
trouxe como consequência a desaceleração do mercado imobiliário. Se por
um lado o cenário não é positivo, por outro criou um clima favorável
para quem está pensando em realizar o sonho da casa própria. Como existe
uma expectativa de que a economia não vai ter uma recuperação
significativa em 2016, a tendência é que os estoques das construtoras
continuem altos, os valores mais baixos e que as promoções aconteçam.
Porém, é inevitável lembrar que as taxas de juros cresceram bastante.
Portanto, fica a pergunta: esta é a hora de comprar um imóvel?
Para quem não tem o valor integral do imóvel, existe um receio muito
grande na hora de fechar o negócio. Principalmente porque há uma
incerteza em relação ao futuro. Com a economia instável, o emprego e a
manutenção da renda também tendem a ficar instáveis. E, para quem vai
optar por um financiamento para comprar a casa própria, essas questões
pesam principalmente pelo tempo que pode-se levar para quitar a dívida,
cerca de 30 anos. "Esse quadro faz com que as pessoas adiem este tipo de
projeto a longo prazo", explica o economista Marcelo Barros.
No entanto, as expectativas econômicas para 2016 ainda são incertas e
não existe uma previsão de que haja uma melhora significativa. "O
mercado tende a acompanhar a dinâmica da economia e o cenário para este
ano ainda é adverso, com expectativa de queda do PIB (Produto Interno
Brasileiro)", diz o economista, para completar que a perspectiva passa a
ser melhor para 2017. "Se a economia começar a se ajustar, a tendência é
de melhora para o próximo ano".
Portanto, 2016 se mostra favorável para a compra de um imóvel. Primeiro
porque os estoques das construtoras ainda estão em alta, como resultado
da retração do mercado em 2015, os preços estão mais baixos e existem
muitas promoções. Inclusive, os preços dos imóveis usados seguem a
tendência dos novos. E é importante entender que, com a volta da
economia a patamares positivos, o mercado volte a ficar aquecido, os
valores mais altos e que não exista mais tanta oferta de promoção.
Se a hora é agora, ainda assim é fundamental compreender em quais
circunstâncias vale a pena investir em um imóvel. Para quem tem o
dinheiro integral para quitar, o momento é o ideal. "Este é o momento
perfeito para quem pode pagar à vista porque vai ter um poder de
barganha maior", explica Barros.
Já no caso do financiamento, vale ressaltar que os juros sofreram
elevações seguidas por conta da redução dos depósitos e o incremento dos
saques de poupança, a principal fonte dos financiamentos imobiliários.
Por isso, nestas condições, o economista sugere que o cliente junte um
bom dinheiro para dar de entrada e fechar um financiamento menor, seja
em prazo ou no valor das parcelas. "O melhor é dar uma boa entrada, no
caso do primeiro imóvel, ou dar o imóvel já existente como entrada, se
for uma mudança", explica.
No final das contas, a ideia tanto para quem pretende pagar à vista ou
financiar é a mesma: pesquisar e analisar o imóvel que oferece as
melhores condições. "O negócio é procurar com calma, conseguir fechar
uma condição melhor, com uma negociação vantajosa e fechar uma aquisição
que não vá se arrepender", afirma Eduardo Zylberstajn, coordenador do
Índice FipeZap.
Paciência é a palavra-chave. "As construtoras estão oferecendo
excelentes condições para os compradores. O ideal é estudar, comparar as
ofertas, barganhar preço e até tentar incluir na negociação os custos
inerentes do imóvel, como escritura e ITBI, para tentar negociar um
pacote", conclui Marcelo Barros.
G1
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