terça-feira, 6 de outubro de 2015

Orquestra Sinfônica traz a maestrina Claudia Feres e solo de viola com Paulo França

A Orquestra Sinfônica da Paraíba traz em seu 12º concerto da temporada 2015 a música descritiva brasileira, a contemplação e exaltação às belezas da natureza numa sinfonia clássica. A apresentação, que acontece na quinta-feira (8), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, traz duas atrações nacionais: a maestrina Claudia Feres na regência e o violista Paulo França. A entrada custa R4 4 (inteira) e R$ 2 (estudante).

O concerto abre com a “Toccata (O Trenzinho do Caipira) das Bachianas Brasileiras Nº. 2” de Heitor Villa-Lobos. A peça evoca uma pitoresca viagem de uma “Maria Fumaça”, pelo belo interior do Brasil. Com a partida do trem o ritmo acelera e uma melodia doce, linda e saudosista enche de emoções os nossos corações. Esta pintura sonora, ou melhor, caricatura sonora, retrata as paisagens e o colorido da nossa terra, para isso o compositor utiliza o vasto timbre da orquestra que está recheada de instrumentos de percussão, além do piano, celesta e saxofone, revelanado a criatividade do nosso maior compositor brasileiro.

A viola foi contemplada no belíssimo concerto composto pelo compositor inglês Cecil Forsyth. A estreia desta obra prima aconteceu em Londres em 1903, trazendo a influência do romantismo passional e prenunciando as trilhas sonoras de filmes, pois seu autor foi versátil nesta atividade artística também. Para o violista, o trabalho de Forsyth fornece uma plataforma para mostrar os pontos fortes reais do instrumento - a viola - inclinando-se para emoções das sombras, bem como a sua capacidade muitas vezes esquecida, de criar fogos de artifício técnicos. Os três movimentos são igualmente belos, com uma orquestração que proporciona a todos grandes emoções.

A Sinfonia n° 6, “Pastoral”, em Fá Maior, Opus 68 distingue-se por sua fisionomia plácida e transparente, com uma “tempestade” em seu penúltimo movimento que é logo abrandada pelo canto dos pastores em alegria depois da tomenta. A obra possui títulos, dados Beethoven, com a finalidade de facilitar a apreciação do clima pastoral, que revela e expressa a “reconciliação do homem com a natureza”. A sinfonia não é uma pintura sonora, e sim, a expressão de sentimentos que o homem goza no campo. Aqui temos um compositor revolucionário e inventivo, que elevou a forma da sinfonia ao mais alto grau de perfeição.

“A tônica do concerto é a alegria de viver e poder desfrutar da música que inspira e faz crescer. Fatores muito especiais juntaram os três compositores, o solista e a regente convidados, para celebrar com a OSPB um futuro brilhante e promissor. A OSPB vem a cada concerto crescendo em qualidade artística e musical, trazendo para a sociedade a boa diversão e cumprindo sua função social”, finaliza o maestro Luiz Carlos Durier, titular da OSPB.

Paulo França, violista - Professor de Viola da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN é Mestre em Viola pela Hochschule für Musik Karlsruhe (Universidade Superior de música de Kalrsruhe – Alemanha) e Bacharel pela Universidade Federal da Paraíba. Iniciou seus estudos em Viola no curso de extensão da Universidade Federal da Paraíba na classe do professor Samuel Espinoza. Posteriormente, estudou com Luiz Carlos Durier na Escola de Música Anthenor Navarro e com Ariana Perazzo na UFPB.

PB/AGORA

Nenhum comentário: