A Orquestra Sinfônica da Paraíba traz em seu 12º concerto da temporada
2015 a música descritiva brasileira, a contemplação e exaltação às
belezas da natureza numa sinfonia clássica. A apresentação, que acontece
na quinta-feira (8), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José
Siqueira, traz duas atrações nacionais: a maestrina Claudia Feres na
regência e o violista Paulo França. A entrada custa R4 4 (inteira) e R$ 2
(estudante).
O concerto abre com a “Toccata (O Trenzinho do Caipira) das Bachianas
Brasileiras Nº. 2” de Heitor Villa-Lobos. A peça evoca uma pitoresca
viagem de uma “Maria Fumaça”, pelo belo interior do Brasil. Com a
partida do trem o ritmo acelera e uma melodia doce, linda e saudosista
enche de emoções os nossos corações. Esta pintura sonora, ou melhor,
caricatura sonora, retrata as paisagens e o colorido da nossa terra,
para isso o compositor utiliza o vasto timbre da orquestra que está
recheada de instrumentos de percussão, além do piano, celesta e
saxofone, revelanado a criatividade do nosso maior compositor
brasileiro.
A viola foi contemplada no belíssimo concerto composto pelo compositor
inglês Cecil Forsyth. A estreia desta obra prima aconteceu em Londres em
1903, trazendo a influência do romantismo passional e prenunciando as
trilhas sonoras de filmes, pois seu autor foi versátil nesta atividade
artística também. Para o violista, o trabalho de Forsyth fornece uma
plataforma para mostrar os pontos fortes reais do instrumento - a viola -
inclinando-se para emoções das sombras, bem como a sua capacidade
muitas vezes esquecida, de criar fogos de artifício técnicos. Os três
movimentos são igualmente belos, com uma orquestração que proporciona a
todos grandes emoções.
A Sinfonia n° 6, “Pastoral”, em Fá Maior, Opus 68 distingue-se por sua
fisionomia plácida e transparente, com uma “tempestade” em seu penúltimo
movimento que é logo abrandada pelo canto dos pastores em alegria
depois da tomenta. A obra possui títulos, dados Beethoven, com a
finalidade de facilitar a apreciação do clima pastoral, que revela e
expressa a “reconciliação do homem com a natureza”. A sinfonia não é uma
pintura sonora, e sim, a expressão de sentimentos que o homem goza no
campo. Aqui temos um compositor revolucionário e inventivo, que elevou a
forma da sinfonia ao mais alto grau de perfeição.
“A tônica do concerto é a alegria de viver e poder desfrutar da música
que inspira e faz crescer. Fatores muito especiais juntaram os três
compositores, o solista e a regente convidados, para celebrar com a OSPB
um futuro brilhante e promissor. A OSPB vem a cada concerto crescendo
em qualidade artística e musical, trazendo para a sociedade a boa
diversão e cumprindo sua função social”, finaliza o maestro Luiz Carlos
Durier, titular da OSPB.
Paulo França, violista - Professor de Viola da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte – UFRN é Mestre em Viola pela Hochschule für Musik
Karlsruhe (Universidade Superior de música de Kalrsruhe – Alemanha) e
Bacharel pela Universidade Federal da Paraíba. Iniciou seus estudos em
Viola no curso de extensão da Universidade Federal da Paraíba na classe
do professor Samuel Espinoza. Posteriormente, estudou com Luiz Carlos
Durier na Escola de Música Anthenor Navarro e com Ariana Perazzo na
UFPB.
PB/AGORA
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