Um homem de 36 anos que se diz pastor de uma igreja evangélica está
sendo investigado pela Polícia Civil como suspeito de ter estuprado pelo
menos cinco crianças, entre elas as três filhas dele, na cidade de
Boqueirão, no Agreste paraibano. O homem está preso suspeito de posse
ilegal de armas, na cadeia pública do município.
Em entrevista à TV Paraíba, uma das filhas do suspeito, uma adolescente
de 16 anos, contou que desde os cinco anos era agredida fisicamente e
abusada sexualmente pelo pai. “Uma vez ele tirou a minha roupa e me
agrediu porque eu não quis. Daí começou a me ameaçar e me bater”, disse a
jovem.
Segundo a adolescente, o pai também abusava das irmãs dela, de 11 e 12
anos. Elas moram em Boqueirão e a jovem disse que quando era mais nova
contou à mãe o que acontecia com as três, mas o pai a mandou para o Rio
de Janeiro para morar com a avó. “Ele me mandou para o Rio porque eu
tinha decidido contar tudo para a polícia. Só que ele me ameaçou logo
depois que eu tinha contado para minha mãe. Disse que se alguém mais
soubesse ele ia me matar e matar minha mãe”, contou.
A situação das jovens só foi denunciada ao Conselho Tutelar no dia 28 de
Agosto deste ano, depois que a mãe de uma outra menina, de oito anos,
ouviu da filha que tinha sido tocada pelo homem. A menina tinha saído de
casa com as filhas do suspeito para ir ao culto em uma igreja
evangélica da cidade. “Ela falou que estava sentada e ele começou
mexendo nas pernas dela, alisando, até chegar nas partes íntimas, então
apertou”, disse a mãe da criança em entrevista à TV Paraíba. A menina
também contou outra situação: “ele pegou no meu rosto, apertou e me fez
beijar ele à força”.
O suspeito morava no andar superior ao local onde funcionava a igreja em
que ele era pastor. Pelo menos cinco crianças e adolescentes que
frequentavam a mesma igreja deram declarações contra o homem. “O caso já
está sendo acompanhado pela justiça e o suposto agressor está em prisão
preventiva”, disse o conselheiro tutelar Valdeildo da Costa.
O delegado responsável pelo caso, Cícero Pereira, não quis gravar
entrevista, mas confirmou que todas as meninas foram submetidas a exames
de corpo de delito e que o suspeito está preso por posse ilegal de
arma, uma vez que a polícia encontrou duas espingardas na casa dele.
Cícero disse também que este caso corre em segredo de justiça.
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