terça-feira, 25 de abril de 2017

Temer nega publicidade e diz que SBT apoia reforma voluntariamente

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, não houve contrapartida ou remuneração para produção dos vídeos exibidos pelo SBT em apoio à reforma da Previdência; a assessoria do governo Temer afirmou que Silvio Santos "decidiu apoiar voluntariamente a reforma da Previdência, convencido da importância da pauta"; emissora passou a veicular os vídeos após um jantar entre Temer e Silvio.


Rute Pina, do Brasil de Fato
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República negou que os vídeos veiculados pela emissora Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) sejam peças publicitárias. Desde a sexta-feira (21), após um encontro entre o presidente golpista, Michel Temer (PMDB), e o empresário Silvio Santos, o canal passou a exibir vídeos favoráveis à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que altera, entre outras coisas, as regras da aposentadoria.

Segundo o órgão, não houve contrapartida ou remuneração para produção dos vídeos. A assessoria do governo federal afirmou ainda que Silvio Santos "decidiu apoiar voluntariamente a reforma da Previdência, convencido da importância da pauta".
Temer e o dono da emissora jantaram na noite da última quinta-feira (20). A principal pauta do encontro foi a defesa da reforma da Previdência, em um cenário de incerteza do governo federal em angariar os votos necessários para aprovação da proposta na Câmara dos Deputados.


O dono do SBT já foi responsável pela Aposentec, empresa que pertencia ao Grupo Silvio Santos e que oferecia planos de previdência privada com foco nas classes C e D. O Brasil de Fato procurou a assessoria da emissora, que afirmou que "não vai se pronunciar a respeito".

O público-alvo é concentrado nas mesmas classes populares da antiga empresa de Silvio e o SBT decidiu utilizar o mesmo locutor que narra a programação própria da emissora. Os vídeos do canal reforçam as peças publicitárias institucionais do governo federal, veiculadas desde dezembro de 2016. "Você sabe que alguns estados brasileiros estão sem dinheiro para pagar suas contas? Você quer que aconteça o mesmo com o Brasil?", diz o narrador da emissora.

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