eja Lista: Os vereadores de pelo menos 70 municípios paraibanos já
votaram os novos subsídios para eles próprios e os prefeitos que
assumirão o mandato a partir do dia 1° de janeiro de 2017. No sistema de
monitoramento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) já consta a lista
de 64 municípios que encaminham os dados. Os outros ainda devem ser
anexados. E é bom ficar atento, porque há limites para os patamares. O
maior permitido é o de João Pessoa, a única cidade com mais de 500 mil
habitantes na Paraíba e que, por isso, poderá fixar os subsídios dos
vereadores em até R$ 17,7 mil, o equivalente a 70% dos vencimentos dos
deputados estaduais, fixados em R$ 25.322 na atual legislatura.
O
vice-presidente do tribunal, André Carlo Torres, tem cobrado pressa das
câmaras municipais.
A lógica consolidada pela história é que em praticamente todas as
câmaras haja reajuste em patamares elevados, já que as correções só
podem ocorrer a cada 4 anos. O prefeito de Campina Grande, Romero
Rodrigues (PSDB), disse nesta terça-feira (6) que vai manter os salários
dele com redução de 40% para a próxima gestão. A justificativa foi a
crise econômica.
Postura republicana do gênero é rara no Legislativo,
por isso, melhor não aguardar. A única Câmara Municipal que anunciou
redução dos subsídios foi a de Água Branca, que diminuiu os subsídios de
R$ 2,7 mil para um salário mínimo. Não teremos, seguramente, nenhum
exemplo semelhante. Os vereadores de João Pessoa devem votar o reajuste
até o fim da atual legislatura, em dezembro.
O presidente da Casa,
Durval Ferreira (PP), evita se alongar em declarações sobre o assunto.
O Tribunal de Contas do Estado renovou nesta terça-feira (5) o ofício
circular a todas as câmaras municipais do Estado, orientando no sentido
de que fixem os subsídios dos vereadores para a próxima legislatura, que
se inicia no dia 1º de fevereiro de 2017. O conselheiro André Carlo
Torres Pontes lembra que as 223 câmaras municipais não podem descumprir o
prazo legal.
Ele lembra que a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, levando-se em conta de que a fixação de remuneração de
vereadores para viger na própria legislatura é ato lesivo não só ao
patrimônio material do Poder Público, mas também à moralidade
administrativa, patrimônio moral da sociedade.
Itabaiana Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário