sábado, 21 de maio de 2016

Coca-Cola pode interromper produção na Venezuela

Causa é a paralisação das operações das usinas açucareiras.
Empresa antecipou que haverá 'interrupções temporárias' na produção.

A mexicana Coca-Cola Femsa (KOF), maior engarrafadora de refrigerantes da Coca-Cola no mundo, advertiu nesta sexta-feira (20) que suas fábricas na Venezuela podem interromper a produção devido à paralisação das operações das usinas açucareiras nacionais, que fornecem açúcar refinado e que, por sua vez, carecem de matéria-prima.


Através de um comunicado, a companhia afirmou que suas quatro fábricas continuarão produzindo "até que se esgote o estoque de açúcar refinado industrial em existência".
"Caso esse estoque não seja reposto rapidamente, haverá interrupções temporárias na produção de bebidas com açúcar", detalhou.Apesar de 90% dos produtos da Coca-Cola utilizarem açúcar em sua composição, a empresa mexicana, que emprega mais de 7 mil funcionários na Venezuela, não prevê seu fechamento no país. "Não vamos sair do país", comentou a empresa, que acrescentou que está "antecipando ações específicas" que permitam enfrentar essa conjuntura "em coordenação com fornecedores, autoridades competentes e trabalhadores".
A Coca-Cola Femsa (KOF) está presente em nove países, oito deles latino-americanos (Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá e Venezuela), uma região na qual continua crescendo. Em 2013, a empresa chegou às Filipinas, buscando se expandir no mercado asiático.
Na Venezuela, a companhia opera há mais de uma década depois que a unidade de bebidas da Coca-Cola Femsa comprou em 2003 a Panamco (Panamerican Beverages, Inc.), uma das maiores transações feitas por uma empresa mexicana nos mercados internacionais, segundo seus registros históricos.
A Venezuela vem enfrentando há anos uma grave escassez de alimentos e remédios que os empresários atribuem à falta de matéria-prima que, em algumas ocasiões, deve ser importada seguindo complicados trâmites burocráticos para solicitar divisas ao Estado, que exerce o monopólio cambial desde 2003.
G1

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