Formado em 2014, Ludovico Benini, de 84 anos, fará prova neste domingo.Para ele, aprovação no certame significa completar uma nova etapa de vida.
Assim como muitos outros candidatos que irão prestar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) neste domingo (3), o aposentado Ludovico Benini, de 84 anos, aguarda ansioso pela prova. Esta é a terceira vez que ele participa do certame para tentar realizar seu sonho de ser advogado.
"A gente fica impaciente, porque não sabe a dificuldade que vai encontrar. Peguei a aposentadoria com o tempo de contribuição e fiquei trabalhando como perito judicial e fazendo assistência técnica para os advogados e empresas. Esse exame, para mim, vem completar essa etapa", explica o aposentado.
Curso de direito
Como perito judicial, ele acompanha de perto o trabalho dos advogados, já que sua função é prestar auxílio para os profissionais durante o desenvolvimento de processos.A professora conta também que Benini estava sempre muito interessado e disposto a aprender. "Ele era extremamente dedicado. Não faltava a aula e participava de todas as atividades", lembra.
Como perito judicial, ele acompanha de perto o trabalho dos advogados, já que sua função é prestar auxílio para os profissionais durante o desenvolvimento de processos.A professora conta também que Benini estava sempre muito interessado e disposto a aprender. "Ele era extremamente dedicado. Não faltava a aula e participava de todas as atividades", lembra.
A docente ressalta ainda que, enquanto cursava a faculdade, o aposentado ficou viúvo e, apesar de abatido, não desistiu de se formar. "Os alunos vêm nele muita inspiração. É uma pessoa que não fica cansada e que não tem preguiça. Ele quer ir até o fim e realizar seu sonho e mostra que nunca é tarde para recomeçar", pontua.
O aposentada explica que sua força de vontade vem dos filhos, que o incentivam muito. “[Meus filhos] me incentivam muito. É uma insistência válida”, finaliza.
O aposentado conta que a decisão de cursar direito veio exatamente da necessidade que sentia de ampliar seu conhecimento sobre os procedimentos legais envolvidos no seu trabalho atual. “Muitas vezes tenho que acompanhar o trabalho de um advogado e fico com dificuldade para acompanhar ou examinar processos", explica.
Força de vontade
A advogada e professora de direito Carolina Defilippi, que deu aula para Benini, conta que a força de vontade do aposentado impressiona.
A advogada e professora de direito Carolina Defilippi, que deu aula para Benini, conta que a força de vontade do aposentado impressiona.
"Com mais de 80 anos é a primeira pessoa que eu vejo entrando numa faculdade e prestando a OAB", revela a professora, que afirma nunca ter visto nada parecido em seus 15 anos de carreira.
G1
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