Inquérito apura acusações que ela fez ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Jornalista prestou depoimento em São Paulo.
Os advogados dizem que Miriam declarou que se mudou para a Europa por vontade própria em 1992 e que foi funcionária da Rede Globo por mais de 30 anos, em regime de exclusividade, até o fim de 2015. Miriam também declarou que durante esse tempo viveu apenas do próprio salário.
Segundo a nota, a jornalista disse no depoimento que teve um filho com o ex-presidente e que Fernando Henrique custeou integralmente os estudos do filho Tomás - desde o ingresso na escola até os dias atuais. Miriam afirmou também que o ex-presidente efetuou os pagamentos de forma distinta: inicialmente, através da entrega de valores. Depois, por depósitos na conta bancária dela. Atualmente, em depósitos na conta de Tomás.
Em fevereiro, numa entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Miriam disse que, entre os anos de 2002 e 2006, recebeu de Fernando Henrique, no exterior, US$ 3 mil mensais por meio de repasses da empresa Brasif, de importação e exportação. Ao jornal, Miriam afirmou que recebia esses repasses por meio de um contrato de trabalho fictício - já que ela jamais realizou nenhum trabalho para a empresa.
Na nota dos advogados sobre o depoimento de quinta-feira (7), não há nenhuma referência a isso. Por telefone, o advogado José Diogo Bastos Neto disse ao Jornal Nacional que Miriam Dutra não citou a empresa Brasif - e que ela disse desconhecer qualquer coisa relacionada a essa empresa. Segundo o advogado, Miriam não esclareceu o porquê das declarações sobre a Brasif que fez ao jornal Folha de S.Paulo.
A declaração de Miriam, de que Fernando Henrique é o pai de Tomás, contradiz exames de DNA que, segundo o ex-presidente, não confirmaram a paternidade.
G1
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