Em solenidade na manhã de hoje, quinta-feira (31), o governador da
Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), confirmou presença nas manifestações
contra um possível golpe na presidência da República para ratificar seu
posicionamento em prol do estado democrático de direito. Segundo ele, a
presença dele no evento não significa ser favorável a Dilma ou ao PT,
mas sim à legalidade , e ao respeito às regras do jogo.
“Eu não vou às ruas a favor de Dilma, eu vou às ruas a favor da
democracia, da legalidade, e da busca da estabilidade econômica. Eu não
sou do PT e não serei do PT. Agora acho que o Brasil, como uma moderna
democracia, não pode se dá ao estranho luxo de ter golpes parlamentares
com essa configuração. Impeachment se tem quando há crime de
responsabilidade”, disse.
O governador ainda alfinetou os “falsos moralistas” que pregam o combate
a corrupção, quando, ao mesmo tempo, respondem processos e ainda tem o
nome citado nas listas de recebimento de propina em supostos caixas 2.
“Tem um monte de gente, dentro do Congresso, que aparece em tudo que é
lista, e se acha no direito de derrubar quem não aparece em nenhuma
lista, que não tem nenhum crime contra si, nenhuma denúncia, é preciso
ter cuidado e é preciso ter bom senso. O país tem que sair da crise. A
crise é mais política do que econômica. Quem tem problema com a justiça,
e muita gente tem, tem que ser resolvido pela polícia, pelo Ministério
Público e pela justiça. Agora na área da política, deixem o Brasil
retomar um caminho de estabilidade. Eu falo em nome de um estado e não
de um governo”, ressaltou.
Na Paraíba a crise não é tão evidente, segundo o governador, porque ele
está tal qual um malabarista para manter o equilíbrio financeiro e
fiscal diante da queda do Fundo de Participação dos Estados.
“Estou fazendo aqui das tripas coração para manter o equilíbrio
financeiro, para poder fazer com que o estado permaneça nessa caminhada
de investimentos em um que, simplesmente, desde o primeiro dia após as
eleições, parou. Tem muito corrupto falando contra a corrupção, isso é a
verdade, e é preciso fazer com que o país volte a caminhar, porque se
isso não acontecer teremos problemas muito mais graves. Eu não vou às
ruas em favor de Dilma eu vou em favor do Brasil, da estabilidade
econômico e em favor das regras do jogo democrático”, asseverou.
Coutinho chegou a comparar o estado da Paraíba a uma mãe com muitos
filhos e que é obrigada a sobreviver com um salário mínimo.
“Mais do que nunca eu acho que governar é fazer como aquela mãe, que tem
um monte de filho, e ganha apenas um salario. Ela tem que manter tudo. É
como acontece com o Estado, estamos conseguindo manter tudo, salário em
dia, obras, investimentos, mas temos dificuldades”, lembrou.
Com informações de Henrique Lima
PB Agora
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