segunda-feira, 7 de março de 2016

Condução coercitiva de Lula provoca polêmica nos meios jurídicos

Moro diz que operação não significa antecipação de culpa. Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, foi um dos que discordaram da condução coercitiva.

A condução coercitiva do ex-presidente Lula provocou polêmica nos meios jurídicos. Neste sábado (5), o juiz Sergio Moro disse que a operação busca a verdade e não significa antecipação de culpa. Ele também repudiou atos de violência. E afirmou que a democracia reclama tolerância, respeito à lei e instituições.
Moro escreveu: "A pedido do Ministério Público Federal, o juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-presidente Lula para prestar depoimento. Como consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a imagem do ex-presidente”.

Moro acrescenta: “Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. O juiz repudia, sem prejuízo da liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. Moro conclui que a democracia em uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes, respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação.
A condução coercitiva do ex-presidente Lula provocou polêmica nos meios jurídicos. Neste sábado (5), o juiz Sergio Moro disse que a operação busca a verdade e não significa antecipação de culpa. Ele também repudiou atos de violência. E afirmou que a democracia reclama tolerância, respeito à lei e instituições.
Moro escreveu: "A pedido do Ministério Público Federal, o juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-presidente Lula para prestar depoimento. Como consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a imagem do ex-presidente”.

Moro acrescenta: “Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. O juiz repudia, sem prejuízo da liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. Moro conclui que a democracia em uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes, respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao outro”.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, foi um dos que discordaram da condução coercitiva. Ele disse que só concebia a medida se houvesse recusa do intimado a comparecer ao depoimento.Neste sábado (5), a força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba divulgou nota sobre a questão. Explicou que nas 24 fases da operação, 117 mandados de condução coercitiva foram cumpridos, sem que houvesse nenhuma polêmica a respeito.
Os procuradores dizem acreditar que os críticos se insurgem não contra a condução coercitiva em si, mas pela condução coercitiva de um ex-presidente da República.
E acrescentam que, apesar do respeito que Lula merece, esse respeito lhe é devido na exata medida do respeito que se deve a qualquer outro cidadão brasileiro. E nada torna um ex-presidente imune a ser investigad0o na Operação Lava Jato.

E concluem dizendo que a própria suprema corte brasileira já reconheceu a regularidade da condução coercitiva em investigações policiais.

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