segunda-feira, 14 de março de 2016

Clínicas populares viram alternativa para quem não pode pagar plano

Quase 800 mil brasileiros deixaram os planos de saúde em 2015. Clínicas oferecem consultas e exames a preços populares. 

Quase 800 mil brasileiros deixaram de ter planos de saúde em 2015.

Depois de perder o emprego e o plano de saúde, Alberto Dias andou penando na fila do SUS.
“Eu estou com uma série de problemas de saúde. Tentei por várias vezes. Não consegui”, conta o motorista desempregado.
Ele descobriu uma clínica particular em São Paulo, que diz cobrar preços populares. A consulta saiu na hora.
“Eu vim uma vez, fui atendido. E agora estou retornando pra fazer um exame que o médico pediu”, diz.

Exames também ficam mais em conta, garantem os médicos. A rede, que tem dez clínicas, pretende chegar a 30 até o fim de 2016.

“Eu acho que, por conta de toda essa situação ruim do setor da saúde, muitas pessoas perderam o emprego e faltam opções. O SUS está extremamente estressado. A gente cresceu, em média, nos últimos 3 meses, 30% ao mês”, aponta Thomaz Srougi, administrador da rede.

Essas clínicas só podem começar a funcionar depois de obter o registro dos conselhos regionais de Medicina e não podem fazer captação de clientes. As empresas ficam sujeitas a penalidades se exigirem dos pacientes o pagamento de taxas ou de mensalidades.

“Se cobram dele uma taxa, que normalmente é mensal, para ter direito de participar desse tipo de atendimento, ele deve desconfiar. A escolha deve ser livre e, o atendimento, de qualidade, com uma remuneração digna, dentro de uma razoabilidade de mercado”, explica o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, Fábio Augusto Guerra.A ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, divulgou que, em 2015, quase 800 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde. E esses clientes são o público-alvo de uma clínica particular recém-inaugurada em Belo Horizonte.

“Nossa consulta clínica, ginecológica, pediátrica, [está] em torno de R$ 70. As demais especialidades, R$ 90”, afirma a clínica-geral Camila de Medeiros.
Claudinéia dos Santos estava no pronto-socorro público, que fica do outro lado da rua da clínica. Desistiu depois de esperar quatro horas pelo atendimento. Na clínica popular ela gastou dinheiro e ainda saiu falando bem.

“Aqui é um lugar que o preço é mais básico e a gente é bem atendido”, conta a dona de casa.

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