sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Contas do setor público têm melhor resultado para janeiro em 3 anos

No mês passado, contas públicas tiveram superávit de R$ 27,91 bilhões.Foi o primeiro superávit do setor público desde abril do ano passado.

 As contas do setor público consolidado, que englobam o governo, os estados, municípios e as empresas estatais, retornaram ao azul em janeiro. No mês, foi contabilizado um superávit primário (a economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 27,91 bilhões, informou Banco Central nesta sexta-feira (26).

É o primeiro resultado positivo desde abril do ano passado e, também, o maior superávit, para todos os meses, desde novembro de 2013 (+R$ 29,74 bilhões). Também foi o melhor valor para meses de janeiro desde 2013 – quando foi registrado um saldo positivo de US$ 30,25 bilhões, de acordo com números da autoridade monetária.
O bom resultado das contas públicas está relacionada com uma melhora no resultado do governo, que teve resutlado positivo de R$ 20,89 bilhões em janeiro, mas também dos estados e dos municípios – que apresentaram um superávit primário de R$ 7,97 bilhões no primeiro mês deste ano.

Meta fiscal
Segundo analistas do mercado financeiro, a recuperação das contas públicas no início deste ano não deve levar, porém, ao atingimento da meta fiscal fixada no orçamento, que é de superávit primário de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais).
A parte somente do governo federal é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB).
O próprio ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou na semana passada que enviará ao Congresso Nacional uma proposta de baixar a meta de superávit em 2016 para um rombo de até R$ 60,2 bilhões nas contas do governo. Será a terceira vez que o governo tenta reduzir a meta fiscal de 2016.
Se confirmado um novo déficit nas contas públicas em 2016, será o terceiro ano seguido com as contas no vermelho. Em 2014, houve um déficit de R$ 32,5 bilhões e, em 2015, um rombo recorde de R$ 111 bilhões. Nestes dois anos, o Executivo teve de mandar uma revisão formal das metas aos congressistas para não sofrer sanções. No ano passado, chegou a ficar sem poder empenhar novos gastos por alguns dias e somente pôde fazê-lo depois da aprovação da nova meta pelo Congresso Nacional.

G1

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