quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

'O menino e o mundo': diretor critica 'Divertida Mente' e vê chance no Oscar


'O menino tem uma força que é do filme, não do marketing'; leia entrevista.

Se o Oscar deixasse, Alê Abreu rejeitaria o smoking e iria à cerimônia do dia 28 de fevereiro usando uma camiseta listrada vermelha e branca. Mas o diretor de "O menino e o mundo", primeira animação brasileira indicada ao prêmio máximo de Hollywood, reconhece que o código de vestimenta talvez proíba o traje de guerrilha, inspirado na roupa do protagonista de seu filme. "Acho que não pode, né?", ri em entrevista ao G1 em um cinema de São Paulo.
Lançado em 2014, "O menino e o mundo" reestreia nesta quinta-feira (21) (leia o serviço abaixo).

De black-tie ou informal, o cineasta paulistano de 44 anos está otimista: acha que dá, sim, para tirar o Brasil da fila e superar a nossa quase obsessão em ganhar o primeiro Oscar. “‘O menino...’ tem uma força – e é uma força que é do filme, não é de marketing, de promoção, de nada.”

Uma das atribuições do diretor na campanha ("não vamos economizar esforços") pela vitória é não falar mal da concorrência. Nem sempre ele consegue. É generoso com os quatro adversários ("gostei desta seleção"), mas eventualmente desobedece a ordem e se permite criticar, especialmente o (suposto) favorito, "Divertida Mente".

"É um filme que ousa muito mais que os outros da Pixar, dá um passo além. Mas tem coisas que você fala: 'Poxa...'. Mostrar a Alegria como uma menininha loirinha bonitinha e a Tristeza como uma gordinha de óculos – isso não é legal", comenta. Leia, a seguir, os principais trechos da conversa.

Detalhes do filme/ G1

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