O programa foi variado: abrangeu da contemporaneidade de “Lamento e dança brasileira”, do maestro pernambucano Clóvis Pereira (pai do atual spalla da OSMJP, Clóvis Pereira Filho), ao nacionalismo folclórico de Mussorgsky, com a peça orquestral “Uma noite no Monte Calvo” (com uma enxada afinada no lugar do glockenspiel original), chegando ao Romantismo de Tchaikovsky, com “Variações rococó para violoncelo e orquestra op. 33” (com a virtuose de Klöckner à frente dos solos) e a “Abertura 1812”, e o seu vigoroso trabalho percussivo e de metais, que encerraram com estrondo o concerto.
“Este ano conseguimos consolidar uma proposta que surgiu quando o festival ainda era uma ideia embrionária, há três anos: juntar os jovens futuros musicistas de cordas aos talentos talhados pela experiência, para culminar num festival de alto nível”, disse o maestro Laércio Sinhorelli Diniz, ao referir-se às crianças instrumentistas do projeto Ação Social pela Música do Brasil, que participaram do concerto de abertura, no último domingo (29), no adro da Igreja São Francisco.
Incensado por todos os lados, Benedict Klöckner, de 26 anos, se revelou grato por essa troca de conhecimentos propiciada na última semana nos concertos, masterclasses e mesmo fora dos palcos: “Ter podido tocar com pessoas tão jovens e talentosas fez toda a experiência valer a pena. As igrejas históricas de João Pessoa são espaços belos e únicos”.
O evento, uma realização da Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope) e patrocinado pelo BNDES, demonstrou mais uma vez ser sucesso de público e crítica em apresentações repletas.
PB AGORA
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