segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Cidades do interior de São Paulo sofrem com o racionamento de água

A gente tem falado muito da falta de chuvas, principalmente na Região Sudeste. E não deu outra: a água está racionada em mais cinco cidades do interior de São Paulo. Um transtorno para quase 200 mil pessoas.
O que muita gente temia aconteceu de novo. "As águas estão secando, é rio secando", diz uma moradora. "É um pesadelo que voltou", queixa-se outra.

Os moradores de São Sebastião da Grama agora ficam 12 horas por dia sem água. A represa opera com metade da capacidade. "Necessito de 50 litros por segundo para operar o tratamento. Estão entrando apenas 25”, relata João Carlos da Silva, do Departamento de Água de São Sebastião da Grama.
Outros municípios paulistas também começaram a racionar: Américo Brasiliense, Vargem Grande do Sul, Casa Branca e até a cidade que tem água no nome. Em Aguaí, o nível da represa caiu quase um metro em menos de 20 dias. Já o consumo aumentou 40% em julho de 2015. "Se a gente não tivesse feito o racionamento, pelos cálculos que a gente tem, só a água da represa daria por aproximadamente uns dois meses, porque o nível do rio que abastece ela diminuiu bastante", explica Marcelo Coutinho, do Departamento de Água da cidade de Aguaí.

É a segunda vez em menos de um ano que Aguaí enfrenta o racionamento. Em outubro de 2014, a represa do município ficou com 5% da capacidade. Agora, os 35 mil moradores estão sem água de novo, seis horas por dia. "Mudou tudo. A gente não tem água para fazer comida, não tem água para lavar roupa", conta uma moradora.

Em uma creche, o pessoal também teve que se adaptar. O banho nas crianças maiores foi cortado. Só os bebês ainda ficam debaixo do chuveiro. E, mesmo assim, o tempo é contado, não pode passar de cinco minutos. Outra mudança foi na hora de escovar os dentes: nada de torneira aberta. As crianças usam só a água que está no copo. Tudo para economizar. "Ela vivenciando isso vai levar para o papai, para a mamãe, para os vizinhos, então ela vai ser um multiplicador dessa informação", afirma Andrea Voltarelli, diretora da creche. E já aprenderam a lição direitinho. Vitória Gonçalves, de 3 anos, sabe o que vai dizer para a mãe: "Eu vou falar para ela economizar água e fechar a torneira".

Mais informações www.g1.com.br/jn

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