Na avaliação do secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Mário Henrique Borgneth, neste cenário, o papel da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) seria estratégico, no sentido de criar condições estruturais para a integração.
Borgneth defendeu que, para a EBC exercer tal papel serão nece
ssários investimentos em conhecimento e infraestrutura, além de incentivos por meio de políticas públicas. Segundo ele, é também necessária uma liderança que enxergue as grandes demandas do sistema, como regionalização, regulação, investimento e financiamento para tirar da “indigência” boa parte dos sistemas comunitários. Atualmente, há no Brasil mais de 2 mil rádios comunitárias sendo alvo de processos.
“São mais de 5 mil veículos públicos no Brasil. Não há nenhum sistema privado no mundo com essa dimensão. Pensar isso como sistema significa resgatar parte substancial do mandato da EBC como linha estruturadora do sistema, com segmentos comunitários, legislativos, universitários, educativos e cultuirais”, disse Borgneth hoje (14), no Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014.
Presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários (Abccom), Paulo Miranda diz que o número de veículos públicos pode aumentar ainda mais, mas que a falta de receita pode comprometer o futuro. Por esse motivo, defende uma legislação que possibilite patrocínios para esse tipo de mídia.
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