Técnicos do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que reúne
diversos órgãos de fiscalização, identificaram até o fim de outubro
25.064 indícios de irregularidades nas prestações de contas dos
candidatos nas eleições deste ano.
O Núcleo de Inteligência envolve especialistas de:
São técnicos desses órgãos que vão avaliar se efetivamente houve
fraude. Não foram divulgados nomes dos candidatos com indícios de
irregularidades nas contas porque a questão ainda será investigada.
Se confirmadas fraudes, doadores de campanhas, fornecedores e políticos
beneficiados podem sofrer punições, entre as quais multa, suspensão de
repasses de recursos públicos e até cassação do mandato no caso dos
eleitos.
Os indícios de irregularidades mais verificados entre os doadores e
fornecedores nas prestações de contas deste ano são os seguintes:
- Funcionários de empresas - Os técnicos do núcleo de inteligência suspeitam que doações de funcionários de uma mesma empresa para um mesmo candidato sejam uma forma de burlar a proibição de financiamento por parte de empresas. Desde as eleições municipais de 2016, as campanhas só podem receber recursos públicos ou doações de pessoas físicas.
- Bolsa Família - Também foram registrados casos de doações de cidadãos cadastrados no Bolsa Família e cujas doações são incompatíveis com a renda declarada.
- Doador morto - Há ainda situações em que o doador já havia falecido, segundo registro de óbito.
- Empresário parente - Entre os fornecedores, há casos que envolvem empresas que prestaram serviços para a campanha e cujos donos têm relação de parentesco com o candidato, o que é considerado suspeito.
- Empresas de filiados a partidos - Outra suspeita recai sobre empresas criadas recentemente, depois de 2015, com algum dos sócios filiado a partido político.
Empresas estão impedidas de fazer doações para campanhas eleitorais
G1